A Polícia Civil, o Ministério Público e o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) estão investigando entidades por descontos indevidos nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. Os valores movimentados somam milhões. As investigações iniciaram devido a um boletim de ocorrência registrado em janeiro desse ano na cidade de Santos, mas há vítimas em outras partes do país de acordo com as investigações. Até o momento, o foco são 5 associações gerenciadas pela Benfix, que fariam descontos sem que os beneficiários autorizassem. As entidades oferecem serviços como plano de saúde, academia, dentista, dentre outros.


As investigações apontam que as associações e pelo administrador da Benfix, Maurício Camisotti, movimentaram valores na casa dos R$43 milhões em período não especificado. Além disso, os valores movimentados não condiziam com o seu patrimônio tanto de pessoa física quanto jurídica.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afirmou que o Órgão tomou algumas medidas de segurança para proteger contra esses descontos indevidos, como a implementação de biometria para a celebração de novos contratos e o limite de cobrança de mensalidade sindical estabelecido em 1% do teto dos benefícios, hoje em R$ 7.786,02, o que dá R$ 77,86 ao mês.

O associado também pode cancelar o desconto indevido. Basta acessar o aplicativo ou site Meu INSS e selecionar o serviço “excluir mensalidade associativa”.

Espera-se que os envolvidos com esses casos não sejam impunes e que a justiça seja cumprida. Certamente, isso causa revolta, pois a realidade financeira dos beneficiários do INSS é, na maioria dos casos, ruim.

Maior parte dos beneficiários ganha apenas um salário mínimo, o que quase não é suficiente para as necessidades básicas e ainda precisam enfrentar situações de fraudes e roubos contra eles, o que é inadmissível.
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