Nos últimos dias, respondendo um clamor dos jovens brasileiros, lançamos no Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor um desafio: arrecadar mais de 20 mil panetones e águas minerais para ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Foi assim que a cantora pop Taylor Swift recebeu boas-vindas com uma projeção no monumento. Uma estratégia para mobilizar a juventude em torno do Dia Mundial dos Pobres, data instituída pelo Papa Francisco em 2016.
Trata-se de uma data que, segundo o Papa, se insere progressivamente na pastoral da Igreja, fazendo-a viver cada vez mais o conteúdo central do Evangelho. Empenhamo-nos todos os dias no acolhimento dos pobres, mas não basta; a pobreza permeia as nossas cidades como um rio que enche sempre mais até transbordar.
"Nunca afastes de algum pobre o teu olhar" (Tb4, 7), este é o tema escolhido pelo Papa, que nos ajuda a compreender a essência do nosso testemunho. Quando encontramos com um pobre, não podemos virar o olhar para o lado oposto, porque seríamos impedidos de encontrar o rosto do próprio Jesus.
Somos chamados a ir ao encontro de todo o tipo de pobreza, sacudindo de nós a indiferença e a naturalidade com que defendemos um bem-estar ilusório. 
É fácil cair na retórica quando se fala dos pobres. Tentação enganadora é também parar nas estatísticas e nos números. Os pobres são pessoas, têm rosto, uma história, coração e alma. São irmãos e irmãs com os seus valores e defeitos, como todos, e é importante estabelecer uma relação pessoal com cada um deles.
Que a nossa solicitude pelos pobres seja sempre marcada pelo realismo evangélico. A partilha deve corresponder às necessidades concretas do outro e não ao meu supérfluo. Aquilo que seguramente o pobre tem urgente necessidade é do nosso coração aberto ao amor.
Padre Omar