Estamos em um Ano Santo, um tempo dedicado a viver com intensidade a nossa esperança. No coração da nossa fé cristã, a esperança é um convite a uma vigilância constante, a um estado de prontidão para o retorno do Senhor. O Evangelho nos exorta a sermos como servos que nunca dormem, até que o patrão volte. Este mundo exige a nossa responsabilidade, e nós devemos assumi-la totalmente com amor.
Nossa vida cristã deve ser laboriosa, Jesus deseja que não abaixemos a guarda, para acolher com gratidão e admiração cada novo dia que Deus nos concede. Cada manhã é uma página em branco que devemos escrever com obras de bem. Não somos feitos para o tédio: talvez para a paciência, pois até na monotonia de certos dias sempre iguais está escondido um mistério de graça.
Nada acontece em vão e nenhuma situação em que nos encontramos é completamente refratária ao amor. Nenhuma noite é tão longa a ponto de nos fazer esquecer a alegria da aurora. Se permanecermos unidos com Jesus, o frio dos momentos difíceis não nos paralisará.
É verdade que certos momentos nos desafiam com medo e indignação, mas a suave e poderosa memória de Cristo afasta a tentação de pensar que estamos no caminho errado. Jesus é como uma casa e nós estamos dentro dela. Das janelas, olhamos para o mundo.
Portanto, não nos fechemos em nós mesmos. Olhemos sempre para a frente, para um futuro que não é só obra das nossas mãos, mas que é, antes de tudo, uma preocupação constante da providência de Deus.