Estiagem e queimadas no Amazonas, vendaval, temporal e enchentes no Rio Grande do Sul. Desgraças climáticas na Líbia e Marrocos. O mundo se acabando e aqui, no Rio, um dia chove e, no outro, faz sol. Quer dizer, sem esquecer a guerra das milícias e traficantes. Ih, os trambiques com o dinheiro público também. Assuntos pra mais de metro para os vizinhos unidos do Principado da Água Santa. Claro, aqui na varanda da caverna, ao som do clarinete do Pixinguinha. O cardápio? Desta vez, amigos, Papas à Lombeira. Ah, regada com cerveja preta. Como diria o velho e saudoso Totoca, negra como a noite sem luar.
O rega-bofe aconteceu ontem, sexta-feira, e começou após as cinco da tarde.
Mas o que eu quero é dizer, amigos, que a coisa aqui anda complicada. Muita mutreta pra levar a situação. O último, por enquanto escândalo, é que coletes balísticos que seriam usados por policiais do Rio de Janeiro serviriam para segurar disparos de balas jujuba! Ih, prato cheio para turma.
Adilsinho não deixou passar:
- Pra tudo se acabar na quarta-feira, em pizzas.
E lembrou casos engasgados na memória dos amigos: a Taça Jules Rimet, as vigas da Perimetral, os furtos seguidos aos óculos do poeta Drummond, o Amarildo...
Caramba! Silêncio quase total. Só os pássaros e o Pixinguinha para emoldurar as lembranças do amigo. Mas Ibiapina foi rápido:
- Esqueci no carro os bolinhos de bacalhau.
Quase foi linchado, mas se recuperou e apresentou o mimo. Salvo pelo gongo.
Fred, com a boca cheia, nada falou. Somente fez sinal de positivo. Nelson repetiu as Papas duas vezes, fora a prova inicial. Júlio reclamou da cerveja.
- Prefiro as claras.
Mas não desprezou a que tinha, a preta. E logo chegaram os vizinhos de bombordo e de boreste. Acho que receberam informações privilegiadas sobre o prato do dia. Ou da noite?
Mas trouxeram cervejas. Céus! O panelão estava quase vazio. Não me contive e gritei para a patroa: "Bota água pra esticar!!!". E emendei: "Até a tal da prima Vera tá chegando!".
(Para os distraídos: estação do ano, primavera).
O rega-bofe aconteceu ontem, sexta-feira, e começou após as cinco da tarde.
Mas o que eu quero é dizer, amigos, que a coisa aqui anda complicada. Muita mutreta pra levar a situação. O último, por enquanto escândalo, é que coletes balísticos que seriam usados por policiais do Rio de Janeiro serviriam para segurar disparos de balas jujuba! Ih, prato cheio para turma.
Adilsinho não deixou passar:
- Pra tudo se acabar na quarta-feira, em pizzas.
E lembrou casos engasgados na memória dos amigos: a Taça Jules Rimet, as vigas da Perimetral, os furtos seguidos aos óculos do poeta Drummond, o Amarildo...
Caramba! Silêncio quase total. Só os pássaros e o Pixinguinha para emoldurar as lembranças do amigo. Mas Ibiapina foi rápido:
- Esqueci no carro os bolinhos de bacalhau.
Quase foi linchado, mas se recuperou e apresentou o mimo. Salvo pelo gongo.
Fred, com a boca cheia, nada falou. Somente fez sinal de positivo. Nelson repetiu as Papas duas vezes, fora a prova inicial. Júlio reclamou da cerveja.
- Prefiro as claras.
Mas não desprezou a que tinha, a preta. E logo chegaram os vizinhos de bombordo e de boreste. Acho que receberam informações privilegiadas sobre o prato do dia. Ou da noite?
Mas trouxeram cervejas. Céus! O panelão estava quase vazio. Não me contive e gritei para a patroa: "Bota água pra esticar!!!". E emendei: "Até a tal da prima Vera tá chegando!".
(Para os distraídos: estação do ano, primavera).
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