Nessa semana recebi aqui na caverna um presente curioso. Quem me trouxe foi o Júlio: um chester. Mas não era qualquer chester. Este era exatamente igual ao que eu ganhei da firma e presenteei o Fred com ele. Uma simples investigação, e consegui refazer os passos da ave. Parece até que foi combinado ou espionagem. Mas, todos tiveram a mesma ideia: a de repassar o presente. Solução boa em Natal de carestia.
Assim, o chester que veio da firma seguiu para a casa do Fred, que mandou para o Ibiapina, que entregou ao Nelson, que repassou ao Júlio até voltar para cá para caverna. Mas daqui, não saiu mais. Foi para o fogão e dali para mesa da nossa festa pré-natalina.
E não é que, depois de assado, ninguém reconheceu o presente?
Ano passado a coincidência foi outra: todos demos e ganhamos uma garrafa de vinho português. Até a marca era a mesma. Parece que todos viram o mesmo comercial na tevê onde a bebida aparecia nas promoções de fim de ano.
Consumido o chester por todos, menos por mim, que não como aves, partimos para outro ritual já tradicional entre os amigos: as promessas de fim de ano.
Não sei por que, mas fazer uma atividade física, ficar menos estressado, parar de fumar e dar início a dietas alcoólicas, ou não, estão sempre entre as mais prometidas. Mas, dessa vez, decidimos também por medidas extremas: será exigido um atestado de saúde, legítimo, garantido pelo dr. Adolfo! Quem não cumprir a obrigação, paga a feijoada para todos.
E antes que o atestado seja declarado incondicional, decidimos fazer uma sirizada com groselha pra comemorar nossa decisão.
Lembramos também de velhas promessas de família: economizar dinheiro, pintar paredes, trocar aquelas telhas que insistem em descer a todo sinal de chuva. E aquela viagem com toda a família? Quem nunca prometeu?
Andei lendo que essa mania de se fazer promessas de fim de ano é mais antiga do que andar pra frente.
E isso me leva a única promessa que São Pedro, um santo de palavra, cumpre todos os anos, e que lembra outra marchinha de Carnaval: mas que calor, ô, ô, ô!!!
E isso me leva a única promessa que São Pedro, um santo de palavra, cumpre todos os anos, e que lembra outra marchinha de Carnaval: mas que calor, ô, ô, ô!!!
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