Jessick TrairiEdvaldo Reis/ Divulgação

Secretária municipal de Infraestrutura do Rio, Jessick Trairi é servidora pública há 17 anos. Engenheira civil, pós-graduada em Administração Pública e Gestão Governamental, já trabalhou na Secretaria de Obras. Nos últimos dois anos, esteve na Subsecretaria de Patrimônio e na Subsecretaria de Licenciamento e Fiscalização da Secretaria de Fazenda. Em entrevista à coluna, Jessick falou sobre as obras para melhorar a mobilidade em bairros da Zona Oeste do Rio e as do Parque Piedade, onde era da Universidade Gama Filho.

Campo Grande tem uma área gigantesca. Que obras estão prometidas para melhorar a mobilidade do bairro?
O plano de mobilidade de Campo Grande vai trazer mais segurança e agilidade para o trânsito. A estimativa é reduzir pela metade o tempo de deslocamento em Campo Grande, um bairro com quase 500 mil habitantes. O Anel Viário de Campo Grande compreende a construção de um mergulhão sob a Avenida Cesário de Melo, um túnel de 600 metros sob o morro Luiz Bom, além da implementação das rótulas na Rua Artur Rios e Estrada da Caroba. As novas rotas irão permitir o escoamento de tráfego de veículos na região central, diminuindo o tempo de deslocamento e facilitando a circulação. O projeto inclui dois quilômetros de ciclovia. Além disso, serão executadas obras como a ligação da Estrada da Posse com a Avenida Brasil, passando por áreas ainda pouco adensadas. O objetivo é diminuir o fluxo veicular de vias saturadas como as estradas do Mendanha e do Lameirão. Também está planejada a implantação de um túnel sob o Morro João Vicente, além de pontes, viadutos e mais infraestrutura cicloviária. O Binário Rio/SP (interseções entre a Estrada Rio-São Paulo, Rua Vitor Alves e a Estrada Rio do A); Largo da Maçonaria (otimização e distribuição de interseções viárias na Estrada do Mendanha); duplicação da Estrada da Cachamorra; implantação de novo trecho e requalificação da Estrada do Tinguí; são intervenções que também estão incluídas no grande plano de mobilidade de Campo Grande.

O que falta para melhorar o Terminal Deodoro e atualizar a ligação entre a TransBrasil e Transolímpica?
O terminal Deodoro foi totalmente finalizado e já está em funcionamento desde o dia 20 de setembro com a integração à Transolímpica. A Transbrasil está na reta final. Estamos terminando as quatro estações que haviam sido tiradas do escopo, são elas: Irajá/Ceasa; Fazenda Botafogo, Jardim Guadalupe e Guadalupe.

Que pistas de concreto são estas que vão se incorporar à Nova Transoeste?

O corredor Transoeste do sistema BRT passa por uma grande revitalização. No ano passado, começamos as obras de substituição do pavimento das pistas ao longo dos 31 quilômetros da calha. Por outro lado, quatro estações do corredor serão transformadas em terminais, com o objetivo de proporcionar mais conforto e segurança aos passageiros. Isso tudo para receber os novos ônibus amarelinhos comprados pela Prefeitura.

A ainda sobre Nova Transoeste, nos fale sobre os quatro novos terminais que estão sendo feitos ali.
Dentro da proposta de requalificação do Sistema BRT, quatro estações do corredor Transoeste serão transformadas em terminais: Mato Alto, Pingo D'Água, Curral Falso e Magarça. As obras preveem, além da expansão das antigas estações, a criação de passarelas de acesso às novas estruturas e aos terminais alimentadores, que farão a integração entre ônibus e vans com vias importantes, como a Estrada de Sepetiba e a Avenida Cesário de Melo, e também viadutos e bicicletários. Além disso, os projetos incluem melhorias viárias e de drenagem. O terminal Pingo D'água passará de 2 mil m² para 17 mil m². Já o Curral Falso, a antiga estação que tem apenas 300 m² será demolida e dará lugar a outra 56 vezes maior, com 16 mil m².

Sob a ótica da zona oeste, nos resuma o que de mais importante existe nas 60 obras no Bairro Maravilha?
O programa Bairro Maravilha resgata a auto estima e traz dignidade para quem mora na localidade. As ruas recebem drenagem para melhorar a capacidade de escoamento da água da chuva, saneamento básico, rede de água potável e pavimentação, com construção de calçadas. O objetivo é tirar da degradação áreas até então esquecidas pelo poder público, garantindo mais qualidade de vida à população. Nosso maior investimento é na zona oeste.

Um grande parque está sendo construído na área do antigo campus da Universidade Gama Filho, na Piedade. Como será?

O Parque Piedade será erguido em uma área de aproximadamente 18 mil metros quadrados que tem o objetivo de levar mais oportunidades de lazer e cultura para os moradores do bairro e revitalizar a região. O projeto prevê áreas de lazer e um centro cultural, esportivo e educacional, em parceria com a Fecomércio RJ. Um espaço para feiras e eventos, horta urbana, parcão, academia e campo de futebol serão construídos para os frequentadores. Além disso, contará com pista de skate, parque infantil, uma área juvenil com aparelhos de ginástica e parque aquático com cachoeira artificial.