Marotto Miranda cresceu em Mesquita, na Baixada Fluminense, onde foi eleito prefeito nas últimas eleições com 75,49% dos votos pela coligação 'A mudança vai continuar'. Formado em Direito, estudou na RenovaBR, escola de formação de política nacional. Iniciou na administração pública em 2017, como assessor do então prefeito Jorge Miranda (PL), seu padrinho político. Três anos depois ocupou o cargo de subsecretário executivo do gabinete da Prefeitura, função que deixou para concorrer à eleição municipal.
SIDNEY: A Prefeitura de Mesquita está utilizando drones para ajudar a segurança pública. Está dando certo?
MAROTTO MIRANDA: Sim. A tecnologia aplicada à segurança pública ajuda a ter informações mais precisas e, consequentemente, tomar decisões com mais efetividade. No caso dos drones, tem sido muito importante no apoio às operações integradas entre a Guarda Civil Municipal, a Polícia Militar e a Polícia Civil.
A cidade está seguindo um projeto de urbanização e ocupação de espaço até 2030. Qual a garantia que ele será cumprido?
A territorialização de políticas públicas está sendo aplicada transversalmente em todas as secretarias municipais. A garantia da aplicação é que toda essa transformação está sendo institucionalizada por meio dos planos municipais que foram e que estão sendo elaborados, ganhando respaldo legal e possibilitando a compreensão de longo prazo da necessidade dessas transformações.
Mesquita alcançou a cobertura de 100% do município com o programa de atendimento básico de saúde. Quanto a medida custa aos cofres públicos?
Ter uma política pública municipal de saúde focada em atenção básica não pode ser considerada custo, tem que ser considerado investimento. Toda lógica de saúde preventiva, como é o caso, deveria ser tratada como prioridade pelos gestores municipais, porque diminui agravamentos e complicações que poderiam onerar e custar muito mais caro ao SUS. O preço de realizar essa política pública é que quanto mais você oferta, maior a demanda, e menos dinheiro sobra, pois você acaba sendo exigido por ter um sistema paralelo ineficiente.
As gestões mais modernas estão colocando na internet os andamentos das obras. Em Mesquita isso também acontece?
Temos nosso acompanhamento semanal das obras sendo realizado nas reuniões de secretariado às segundas-feiras. Nesse acompanhamento, as fotos da evolução das obras ficam disponíveis na internet. Isso permite fiscalizar mesmo à distância o que acontece. É um caminho importante para registrar cada etapa e permitir o controle do que acontece.
Até abril o risco de fortes chuvas é grande. Como estão a dragagem de rios e canais e o desassoreamento das nascentes?
Por meio da solicitação do deputado Renato Miranda, o Governo do Estado, através do INEA, tem enviado maquinários para realizar a limpeza e desassoreamento de rios e canais que cortam nossa cidade. Sem dúvida esse trabalho permite uma maior capacidade dos nossos corpos hídricos absorverem o volume da água de chuva e suportar melhor o fluxo de água que vem do sistema de drenagem municipal.
Os servidores da educação reclamam dos salários e falta de condições de trabalho. Eles pedem climatização de todas as escolas da rede e reformas. O que é possível fazer nos próximos dois anos?
Os salários estão sendo pagos em dia, como sempre foi feito. O desafio é continuar garantindo o investimento na reestruturação física da rede municipal como a reforma e criação de equipamentos públicos mais modernos e propícios ao aprendizado. Já atingimos a tão sonhada climatização das unidades de ensino, feito realizado ainda na gestão do prefeito Jorge Miranda. Os próximos dois anos serão focados nas entregas de novas escolas e equipamentos, permitindo a ampliação das vagas na rede, a modernização do ensino e a implantação de rotinas pedagógicas que vão elevar ainda mais o desenvolvimento da educação básica em nossa cidade, ampliando o indicador que hoje já é o maior da série histórica da rede municipal.