Banheiro seco em território indígena Kaxinawafoto de divulgação Biosaneamento
No Brasil, a situação é preocupante. Índices mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o país possui 1,6 milhão de residências sem acesso ao banheiro. Essa carência impacta mais de cinco milhões e meio de pessoas. Já dados coletados no ano passado pela organização não governamental Trata Brasil revelam a desigualdade e falta de políticas públicas para diminuir os índices. Somente 51,2% do esgoto gerado no Brasil é tratado. Ou seja, um pouco mais da metade!
Em São Paulo, foi beneficiada a comunidade indígena Tekoa Pindo Mirim, instalada no território de 532 hectares no Pico do Jaraguá. Em parceria com a empresa Mosaic Fertilizantes, a ONG construiu uma cozinha com banheiro acoplado tratado com uma espécie de vermifiltro, além da instalação de um biodigestor que produz gás a partir do esgoto e lixo orgânico.
“Ocupar uma parte da área indígena é fundamental para que não seja invadida. Ao salvaguardar as terras indígenas, o Brasil reforça sua responsabilidade ambiental e social, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva, sustentável e respeitosa com a diversidade que constitui a riqueza única do país”, destaca Luiz Fazio, presidente da ONG Biosaneamento.
Os estados do Rio de Janeiro e Acre também receberam projetos da ONG, impactando mais de 10 mil pessoas. Além da implantação do serviço, a ONG acompanha o pós-instalação por um ano, fazendo a manutenção e orientando os moradores.
“E pretendemos ir além desses estados. Estamos buscando a universalização do saneamento básico do Brasil. Para isso, contamos com o apoio de órgãos públicos e parcerias privadas para implementação dos projetos”, afirma o presidente da ONG, Luiz Fázio.
Entre as parcerias da Biosaneamento estão com a empresa de saneamento paulista Sabesp e a organização do terceiro setor Gerando Falcões, que busca o serviço para soluções nos projetos do Favela 3D.
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