O crescimento exponencial do setor de energia solar tem trazido avanços tecnológicos e benefícios ambientais, mas também novos desafios, como a destinação adequada dos resíduos gerados pelos sistemas fotovoltaicos.
À medida que os módulos solares chegam ao fim de sua vida útil, geralmente entre 25 e 35 anos, a gestão sustentável dos materiais envolvidos torna-se essencial. Os módulos são compostos por diversos materiais, como metais (prata, cobre, alumínio), vidro, plásticos (PET) e silício, que precisam ser tratados de forma responsável para minimizar os impactos ambientais.
Atualmente, mais de 80% dos componentes de um painel solar podem ser reciclados, e novas técnicas continuam sendo desenvolvidas para aumentar ainda mais essa eficiência. Países como Alemanha e França lideram as iniciativas de reciclagem de módulos solares, enquanto, nos Estados Unidos, o Departamento de Energia (DOE) está investindo no desenvolvimento de tecnologias que tornem esse processo mais eficiente e sustentável.
Projeto piloto
Apesar de terem uma vida útil longa, os módulos solares podem sofrer danos, como rachaduras ou quebrarem, fatores que comprometem ou impossibilitam sua performance. Quando isso acontece, o correto é adotar medidas proativas para garantir o descarte adequado.
“Nossa busca por soluções inovadoras e o compromisso com práticas ambientalmente responsáveis são parte fundamental da estratégia da companhia. Queremos mostrar que é possível integrar crescimento econômico com responsabilidade ambiental", afirma Simone Suarez, CEO da GDSUN, subsidiária integral do Franklin Servtec Energia FIP, fundo de investimentos privado dedicado ao setor de geração de energia no Brasil, em atividade desde 2017.
Na GDSUN, as peças danificadas são retiradas dos sistemas e armazenadas de maneira segura até serem enviadas para reciclagem, resultando na emissão do Certificado de Destinação Final, que atesta a correta gestão dos materiais. Essa instituição deu um passo importante com o lançamento de um projeto piloto que segue o conceito de "Aterro Zero" e já destinou aproximadamente 7,30 toneladas de resíduos.
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