Aterro em Gericinó, na Zona Oeste do Rio, será exclusivo para receber resíduos da construção civil Divulgação Comlurb

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Cristiane Campos
A cidade do Rio acaba de ganhar o primeiro aterro exclusivo para receber Resíduos da Construção Civil (RCC). Localizado em Gericinó, na Zona Oeste, nesta etapa inicial, com 40,6 mil metros quadrados (m²), o espaço tem capacidade para receber até 250 toneladas/dia de resíduos do setor. A estimativa da prefeitura é que, em até cinco anos, será possível receber cerca de 480 mil toneladas, o equivalente a 128 piscinas olímpicas cheias de entulho.
A área total do aterro será de mais de 111 mil m², após a conclusão da segunda fase, e fica ao lado do antigo aterro que recebia resíduos orgânicos, fechado em 2014. O objetivo da iniciativa é reduzir o descarte irregular de resíduos da construção civil, em especial na região que abrange os bairros de Bangu, Realengo e Campo Grande.
Para se ter ideia, a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) recolhe cerca de 1 mil toneladas por dia de entulho descartado em locais indevidos. “Tenho desafiado a Comlurb, uma empresa que nos orgulha tanto, a investir muito em eficiência. Claro que tem um trabalho de conscientização da população, mas também temos que apresentar boas alternativas e os caminhos adequados para a população”, afirmou Eduardo Paes, prefeito do Rio, no evento de inauguração.
De acordo com a prefeitura, a princípio, os resíduos serão aterrados, mas há a previsão para que, até o segundo semestre de 2027, seja implantada, no mesmo local, uma usina de beneficiamento de RCC, que processará os resíduos para transformá-los em insumos para a construção civil (pó de pedra, bica corrida, brita e rachão).
A partir do dia 27 de outubro, o local já estará aberto para receber resíduos do setor coletados pelas 137 empresas atualmente credenciadas na Comlurb. Importante ressaltar que o aterro só receberá entulho limpo, sem mistura com o lixo doméstico e outros tipos de resíduos que não estão previstos no licenciamento ambiental do RCC.