O CPAC (Conservative Political Action Conference) foi idealizado por Ronald Reagan para promover discussões entre os conservadores sobre políticas públicas, estratégias eleitorais e o cenário mundial. Até hoje ele reúne figuras proeminentes do Partido Republicano e do movimento conservador.
Temos uma versão brasileira, que é organizada pelo Instituto Liberal Conservador, liderado por Eduardo Bolsonaro e Sérgio Santanna, e segue formato semelhante. A edição deste ano ocorreu em Balneário Camburiú-SC, com a presença do Governador do Estado, Jorginho Mello, do presidente da República da Argentina, Javier Milei, e do presidente Jair Bolsonaro, e bateu o recorde histórico de público, com quase 5 mil pessoas presentes.
Acusar um evento desses de antipovo ou antidemocrático é uma atitude mesquinha, coisa de quem não tolera a divergência dentro de uma democracia saudável. Ignorado pelo presidente argentino, só restou ao Lula espernear.
2. 9 de julho
9 de julho é feriado no estado de São Paulo devido à comemoração da Revolução Constitucionalista de 1932. Sempre me lembro do movimento com emoção de respeito e gratidão, não só porque um tio-avô lutou na guerra, mas porque esse movimento levantou as bandeiras da democracia liberal e do constitucionalismo, tão fora de moda numa época em que os mais sanguinários ditadores estavam em ascensão.
Getúlio Vargas havia assumido o poder em 1930 prometendo convocar uma Assembleia Constituinte, que nunca vinha. A revolução mobilizou grande parte da população paulista, e virou guerra depois que quatro jovens estudantes foram mortos, fato considerado intolerável.
O conflito durou cerca de 3 meses e resultou em milhares de mortes. Embora o derrotado militarmente, o movimento teve um impacto significativo. Em 1934, Vargas convocou a Assembleia Constituinte, que resultou na promulgação de uma nova Constituição.
Em tempos de banalização da democracia, é bom lembrar que, em muitos momentos de nossa história, ela custou sangue.
3. 10 de julho
Foi num 10 de julho que 'Chega de Saudade' veio ao mundo. Composta por Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim), com letra de Vinícius de Moraes foi lançada em 1958. O Brasil vivia um período de otimismo, e isso se refletia na cultura. A música popular brasileira se transformava misturando influências do samba tradicional, do jazz americano e de arranjos musicais novos, criados nos apartamentos praianos do Rio de Janeiro.
A música renovou a estética musical com uma sofisticação harmônica toda especial, além da suavidade rítmica, da poética, digamos assim, cotidiana das letras, e da proeminência do violão e da voz baixa. Era a Bossa Nova que nascia.
Tenho para mim que foi o canto de cisne da capital carioca, reflexo artístico da belíssima cidade do Rio, cuja população inspirada, culta, criativa e bon-vivant da Zona Sul tinha muito a dizer ao mundo, naquele momento em que perdia a capitalidade para Brasília.
4. Dia Mundial do Rock
O Dia Mundial do Rock é comemorado só no Brasil, todo 13 de julho. A data foi escolhida por em homenagem ao Live Aid, um megaevento que aconteceu em 13 de julho de 1985 com a missão de combater a fome na Etiópia. Mas aquela não foi a única vez que o rock cantou causas sociais e políticas. O Monsters of Rock teve uma edição muito especial em 1991, em Moscou.
Era o fim da Guerra Fria, e fazia pouco tinha caído o Muro de Berlim (1989). Estavam lá para reunir os povos, antes em disputa, AC/DC, Metallica, Pantera, The Black Crowes e outros, com 1,6 milhão de pessoas vendo.
Sonho com o dia em que a direita brasileira vai aprender a fazer arte e cultura para expressar o que lhe vai na cabeça e no coração.
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