Após 2 dias de buscas, família localiza idoso na Zona Oeste do Rio
Carlos Alberto Cartaxo, 69 anos, havia desaparecido na Praça da Bandeira, depois de participar de um churrasco. Ele foi encontrado em Realengo
Idoso Carlos Alberto Cartaxo, de 69 anos, foi localizado pela família, na tarde desta quarta-feira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, após ser reconhecido por uma mulher através da divulgação nas mídias sociais - Arquivo Pessoal
Idoso Carlos Alberto Cartaxo, de 69 anos, foi localizado pela família, na tarde desta quarta-feira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, após ser reconhecido por uma mulher através da divulgação nas mídias sociais Arquivo Pessoal
Após dois dias de intensas buscas, o idoso Carlos Alberto Cartaxo da Silva, de 69 anos, foi localizado pela família, na tarde desta quarta-feira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. De acordo com a família, o idoso, que tem grau leve de Alzheimer, se perdeu ao sair da casa da cuidadora, na Praça da Bandeira, na última segunda-feira, após participar de um churrasco entre amigos.
Aliviados, familiares relataram que o idoso, que estava sem documentos e dinheiro, perambulou dois dias, por diversas regiões da cidade, sem direção. Durante a caminhada, Carlos Alberto recebeu ajuda de terceiros, entre eles, uma mulher que o reconheceu na matéria publicada no DIA Online. Ela fez contato com a família e ajudou conduzi-lo até a residência, em Realengo.
Conforme familiares, Carlos Alberto foi encontrado com diversos hematomas nos pés e queimaduras leves pelo corpo devido à exposição ao sol e, supostamente, às quedas nas ruas. Ele foi encaminhado para um hospital, onde será submetido à bateria de exames e iniciará os tratamentos clínicos necessários.
‘Aliviada e agradecida a todos que ajudaram’
“Não tenho palavras! Aliviada e agradecida a todas que ajudaram. Foi um milagre! Meu pai conseguiu sobreviver caminhado nas ruas durante todo esse tempo. Ele disse que não conseguia dormir e que pedia água em bares das regiões por onde passava. Agora é ajudar e dar todo apoio necessário para que ele se recupere. Obrigada a todos”, disse, emocionada, a filha Mariana Cartaxo, de 36 anos.
Desaparecimentos de idosos por problemas de saúde são recorrentes
De janeiro a setembro de 2023, foram registrados 4.289 desaparecimentos de pessoas, no Estado do Rio de Janeiro, conforme dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). De acordo com o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, os desaparecimentos de pessoas, com faixa etária entre 36 e 65 anos, correspondem a 23,04% e de 66 anos em diante o número chega a 5,56% do total de casos registrados em sua pesquisa. No caso específico de idosos, com idade a partir dos 60 anos, os sumiços recorrentes estão relacionados, na sua maioria, a problemas de saúde.
Documentos, objetos com identificação e especificação de doenças são fundamentais na prevenção
Para prevenir os sumiços de idosos, especialistas orientam o porte de documentos e a identificação com contatos inscritos em objetos como pulseiras e cordões. Em casos de problemas de saúde, sobretudo com diagnósticos de Alzheimer e demência senil, o ideal é constar também especificações das doenças, tipos sanguíneos e medicamentos usados no tratamento.
“Precisamos orientar às famílias em relação à prevenção aos sumiços de idosos. Conscientizar a sociedade para o aumento da expectativa de vida, pois nossa população envelhecerá a cada ano. As políticas públicas de prevenção também devem ser efetivadas. Orientamos às famílias de idosos para o uso de documentos, objetos de identificação e especificação de doenças e/ou outras deficiências. São ações simples que farão diferença no momento das buscas”, explica a assistente social Cláudia Santos, especialista em transtornos psicossociais.
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