Jovem Matheus Rodrigues Gama, de 23 anos, foi localizado pela família após ficar cerca de uma semana sumido. Ele havia saído de casa, no Anil, em direção a uma igreja evangélica Arquivo Pessoal

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Charles Rodrigues
Familiares reencontraram o jovem Matheus Rodrigues Gama, de 23 anos, que desapareceu, na noite do último dia 24, no bairro do Anil, na Zona Oeste do Rio, quando seguia para uma igreja evangélica. De acordo com a família, o jovem teria sofrido um surto psicótico. Após vagar pelas ruas e ficar ‘alojado’ em um matagal, a cerca de 5 quilômetros de casa, Matheus recebeu amparo de pessoas que passavam pelo local.
Conforme a família, a ajuda de terceiros foi fundamental para o jovem retornar à residência. Matheus estava desorientado e foi encaminhado a um hospital público, onde recebeu tratamento preventivo de profilaxia (imunização contra doenças transmissíveis). As buscas mobilizaram dezenas de pessoas, que afixaram cartazes em ruas e praças da região.
Por conta de uma crise depressiva, Matheus já havia passado por um tratamento psiquiátrico. Contudo, há cerca de 4 meses, suspendeu o uso de medicamentos controlados mediante recomendação médica e estava mantendo, normalmente, a rotina diária de frequência em cursos, ida à igreja, encontro com amigos do futebol e ainda ajudava a família nos cuidados domésticos.
‘A alegria em vê-lo foi geral’
“Ele chegou um pouco desorientado, desidratado e com perda de peso. A alegria em vê-lo foi geral. O levamos à unidade de saúde para receber o tratamento preventivo. Foram oito dias de muita procura. Passamos por uma agonia que parecia sem fim, mas, graças a Deus tudo acabou bem. Agradecemos a todos que nos ajudaram. Nossa gratidão eterna”, disse o pai, o operador de máquinas Sebastião Gama Filho, de 49 anos.
Sumiços de pessoas com distúrbios psiquiátricos correspondem a 12% dos registros
As circunstâncias e motivação do sumiço do jovem estão sendo investigadas pela Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), que ouvirá os familiares para encerrar o caso. Matheus, aparentemente, não foi vítima de violência. De janeiro a outubro deste ano foram registrados 4.756 desaparecimentos no Estado, conforme dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).De acordo com o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, cerca de 12% dos sumiços correspondem a pessoas com distúrbios psiquiátricos. 
Pedreiro sumido estava ‘morando’ sob viaduto na região central do Rio
 Após oito dias de buscas, o pedreiro Ozimar Caldeira da Silva, de 53 anos, foi localizado, na manhã do último sábado, por uma vendedora ambulante, morando sob um viaduto, a poucos metros da antiga estação de trem da Leopoldina, na região central do Rio de Janeiro. A vendedora percebeu que o pedreiro estava desorientado e conseguiu ajudá-lo a retomar o contato com familiares. De acordo com a família, ele teria sofrido um surto psicótico.   
Ozimar havia desaparecido na tarde do último dia 24, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, após deixar uma obra residencial. Antes do sumiço, porém, o pedreiro chegou a fazer uma chamada de vídeo com familiares para comunicar que, em virtude da desistência do trabalho, necessitava de uma quantia em dinheiro para pagar pequenas despesas e comprar passagem de volta para Rio das Ostras, na Região dos Lagos, onde mora com a mulher e a filha de 15 anos.
Ozimar foi visto, pela última vez, sacando uma quantia em uma casa lotérica em São Gonçalo. A falta de retorno e o fato do celular dele estar desligado levou a família a comunicar o desaparecimento à polícia. O caso foi divulgado nas mídias sociais e pelo Programa Disque-Denúncia, que divulgou cartazes pedindo ajuda e solicitando informações sobre o paradeiro do pedreiro. Ozimar foi resgatado pela família e levado para Rio das Ostras, onde passará por tratamento médico.