Rio - Tem ação, cenas de tirar o fôlego e suspense. Tem, também, tiradas engraçadas que garantem algumas risadas e uma pitadinha de romance. Para completar, um elenco formado por nomes como Bruce Willis, Helen Mirren, John Malkovich e Catherine Zeta-Jones. Por tudo isso, ‘Red 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos’, de Dean Parisot, parecia ter a receita de sucesso infalível.

Parecia. Apesar de cumprir a missão de divertir e prender a atenção do espectador, o longa não chega a ser tão arrebatador quanto o prometido. Tanto que ficou apenas em quinto lugar em arrecadação de bilheteria, chegando à casa dos U$ 18 milhões, na estreia nos Estados Unidos e Canadá — o filme foi orçado em US$ 84 milhões.
Talvez seja uma reação que demonstra o cansaço do público com a velha fórmula que traz heróis invencíveis, capazes de se livrar com facilidade impressionante das mais perigosas situações. Que o diga Bruce Willis, que interpreta o valentão Frank. Aos 58 anos, o ator entra na pele do líder de um grupo da CIA que tem a missão de encontrar uma arma de destruição em massa chamada Nightshade, invenção de Bailey (Anthony Hopkins) que vem à tona através do site WikiLeaks.
Ainda que o roteiro ofereça poucas surpresas, a continuação do filme de 2010, que foi dirigido por Robert Schwentk, garante o fôlego da série — uma adaptação das HQs de Warren Ellis e Cully Hammer, da DC Comics — justamente devido à boa atuação de Bruce Willis e companhia. Em meio a tiroteios e lutas corpo a corpo, os atores demonstram que estão afinados em cena e dão conta do recado. Impossível, por exemplo, não se divertir com o vilão Han Cho Bai, interpretado pelo coreano Byung-Hun Lee — desta vez, ele acaba entrando para o time dos heróis.
E, se a fórmula parece esgotada, tem novidade vindo por aí: ‘Red 3’ já está em fase de pré-produção. Pelo visto, a tal aposentadoria está longe de chegar.