Rio - Se você é pai ou mãe e pretende levar seus filhos para conferir o longa ‘Amazônia’ — que chega às salas de exibição em 3D —, prepare-se para aguentar seus garotos pedindo um bichinho de estimação bem pouco usual: um macaco-prego. Castanha, o simpático protagonista do longa, é interpretado por seis macaquinhos diferentes, todos fofinhos e muito carismáticos. A dublagem do ator Lúcio Mauro Filho, que dá vida e voz a todos os movimentos e situações vividas pelo bichinho, ajuda bastante nisso.
Lançado após três anos de trabalho na Floresta Amazônica, o longa soa como um grande documentário para crianças, humanizado pelo enredo, que mostra a mudança na vida de Castanha e os desafios enfrentados por ele na floresta. O animal mora na cidade grande, é mandado para um circo, cai na Amazônia e tem que aprender a viver em seu habitat natural em pouquíssimo tempo. Após lutar para ser aceito entre outros macacos-prego, vive uma história de amor proibida com a macaquinha Gaia. Em meio a isso, imagens de rios, de chuvas e de animais da floresta, e o próprio espanto de Castanha por ver de perto um universo do qual ele praticamente não tem lembrança alguma.
Por ser uma produção franco-brasileira, dividida entre a francesa Biloba (o diretor é o documentarista Thierry Ragobert) e a paulistana Gullani, ‘Amazônia’ aproveita muito da experiência dos cineastas europeus com filmes sobre a natureza — popularizada no Brasil com os documentários do oceanógrafo Jacques Cousteau (1910-1997), realizados no mesmo habitat. O resultado é excelente para encantar pais e filhos.