Rio - Ele é baterista, e não é algo tão comum os titulares das baquetas irem para a frente dos holofotes e se lançarem em carreira solo. Mas o instrumentista carioca Marcelo Vig — que também é produtor, compositor e DJ — não dá bola para essas estatísticas, e estreia solo com ‘Om’Dub’, o disco e show, que apresenta amanhã, no Solar de Botafogo (Rua General Polidoro 180).
“Eu toco bateria e disparo sons eletrônicos. Em vez de depender de uma banda, eu simplifiquei e formei um bando de música e imagem: tem um músico comigo no palco e também um VJ, que fazem o resto que eu não consigo fazer sozinho. É, existem limites para ser polvo no palco”, brinca Vig.
Ele já trabalhou com grandes nomes dos dois lados do Atlântico, como Eminem, Avril Lavigne e Will Smith, abriu shows da turnê de Amy Winehouse em 2007. No Brasil, já gravou com Gilberto Gil, Lobão, Lenine, Roberta Sá, Marina Lima, Pedro Luis e Zé Renato, e foi baterista da banda Tantra nos anos 90. Na apresentação de lançamento, vai contar com as participações de Mary Byker (das cultuadas bandas inglesas Apollo 440 e Pop will Eat Itself), Marcos Suzano e Jr. Tostoi.
“Durante o show, eu opero manualmente as gravações das vozes do meu disco, e levo para o palco de forma virtual o Pedro Luís, por exemplo. É tudo operado ao vivo, portanto é sempre um risco total. E vou inserindo músicas incidentais no meio. Tem um espaço grande para improvisação”, detalha ele. “E o Suzano é um mestre, que tinha que estar presente. Me inspirei em vários de seus trabalhos para fazer o meu.”
Viabilizado por crowdfunding na plataforma embolacha.com.br e feito entre o Rio e Londres,‘Om’Dub’ traz remixes de sucessos do passado, que vão de The Cure a Nelson Cavaquinho, passando por Donna Summer, trilhas sonoras “e o que mais pintar, mas sempre dentro de uma estética eletrônica que não é necessariamente bate-estaca”, ressalta Marcelo Vig.
