Rio - O evento Rio Música Contemporânea volta nesta quinta-feira ao Imperator, no Méier, e mistura rap, MPB, música pop, rock e experimentalismos com BNegão, Letuce, Mohandas, Qinho e Kinkid. Sempre com o objetivo de trazer talentos novos e consagrados no mesmo palco, no mesmo patamar.
“Não há um ‘artista convidado’ da noite. Temos o BNegão, que é o mais conhecido desta quinta, e já tivemos a Mart’Nália. Mas pregamos um recorte horizontal, em que todos tocam da mesma maneira, com a mesma estrutura e mesmo tempo. Todo mundo é parte da programação”, diz a produtora Julianna Sá, que divide o trabalho com os colegas Thiago Vedova, Bernardo Mattos, Rick Yates, Kim Courbet, Zélia Peixoto e com o próprio Qinho.
O cantor, por sinal, está em todas as edições como uma espécie de “costura” do evento. “Ele promove as pontes entre os artistas”, conta Julianna. O formato traz cada uma das atrações cantando cinco músicas de seu repertório, chamando o próximo e tocando algo com ele. No final, todos se encontram.
“Muitas vezes não tem nada planejado”, diz a produtora, citando a noite em que tocaram Qinho, Mart’Nália, as bandas Tono e Séculos Apaixonados e o rapper MC Sant. “No fim, todos puxaram ‘Juízo Final’ (samba de Nelson Cavaquinho). Alguém puxou a música, o Santi fez um rap em cima da letra. Tinha três pessoas tocando na mesma bateria nessa noite”, lembra. “O próprio show de cada artista tem um aspecto meio inédito. Não é o show comum deles. As músicas dos duetos são combinadas até durante a passagem de som. E no final rolam músicas que têm a ver com o aspecto afetivo dos artistas.”
E a próxima edição já está garantida. “Já temos uma data agendada para novembro e estamos conversando com os artistas que queremos chamar.” A abertura do show traz o set do DJ Rajão, do grupo Perto do Leão Etíope do Méier.
Serviço
Rio Música Contemporânea. Imperator — Centro Cultural João Nogueira. Rua Dias da Cruz 170, Méier (2596-1090). Quinta, às 20h. R$ 10 (estudantes e maiores de 60 anos pagam meia). 16 anos.