Por tabata.uchoa
‘Quero criar um baile funk diferente%2C que não tenha só caixa de som e bunda rebolando’%2C diz Dennis DJGabriel Wickbold / Divulgação

Rio - ‘Minha ideia é criar um baile diferente, que não tenha só caixa de som, bunda rebolando. Me inspiro na música eletrônica, no David Guetta, e tudo que faço em estúdio quero fazer no palco”, anuncia Dennis DJ, que comemora dois anos de seu baile no dia 23 de maio, pela primeira vez no Vivo Rio. A lista de convidados para a festa inclui os MCs Koringa, Buchecha e Nego do Borel, a turma do Monobloco e uma dupla sertaneja: João Lucas e Marcelo, com quem recentemente lançou a canção ‘Vamos Beber’. Os dois sertanejos até arrumaram outro convidado bem especial para a gravação da música e do clipe: o jogador Ronaldinho Gaúcho.

“João Lucas e Marcelo mostraram ‘Vamos Beber’ para ele num churrasco, e Ronaldinho saiu cantando. Me ligaram: ‘Você não vai acreditar se eu te falar quem passou a tarde inteira cantando a música’. Ele acabou topando fazer vocais. Fomos na casa dele gravar”, recorda o DJ, que já havia participado de um show deles.

“Me chamaram para fazer o ‘Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha’ (hit deles) num show em São Paulo. Negociei de tocar duas músicas enquanto trocavam de roupa e fiz ‘Louca, Louquinha’ e ‘Prisioneira’”, conta, lembrando que na era do funk melody, nos anos 90, já rolavam encontros entre os dois estilos. “Os DJs pegavam o ‘Jack Matador’, que era da dupla Leo Canhoto e Robertinho, e faziam montagens em cima. Não era a mesma coisa, claro, mas já era um começo.”

DJ desde 1997 (começou fazendo bailes em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde morava), Dennis pôs a mão, como autor ou produtor, em hits cheios de coreografias com ‘Um Tapinha Não Dói’ (Naldinho e Bela), ‘Cerol Na Mão’ (Bonde do Tigrão), ‘Louca, Louquinha’ (K9), ‘Tô Tranquilão’ (MC Sapão, de quem foi empresário) e ‘Melô do Popozão’ (na qual solta a voz ao lado de Rock e Dentinho). E também em ‘Jonathan da Nova Geração’, hit infantil do hoje adulto (e namorado da atriz Antonia Fontenelle) Jonathan Costa.

“Nos anos 90, o funk tinha passos, mas faltava uma coreografia, como as que tinham no axé e no pagode, aquela coisa do ‘bota a mão no joelho, na bundinha’. Depois, uma geração nova surgiu e apresentou o funk para a classe A. E as coreografias pegaram, porque a mulherada ficava maluca”, recorda Dennis, que recentemente tocou no aniversário de Giulia, filha da atriz Flávia Alessandra, e na festa de fim de ano de Angélica e Luciano Huck.

Além de levar vários convidados para o palco no Vivo Rio, Dennis vem criando várias parcerias em outro projeto, o Dennis Feat., igualmente inspirado no DJ popstar David Guetta (com quem, por sinal, já tirou uma foto e trocou algumas palavras). Entre os encontros que já promoveu (e que viraram música e clipes, alguns rodados fora do Brasil), estão os de Naldo Benny, MC Koringa e Mr. Catra, em ‘Quero Te Provar’. E o do funkeiro Marcio G com a galera dos Hawaianos, em ‘Incrível’.

“Trabalhei com o Catra em 2005 quando o chamei para gravar ‘Vem Todo Mundo’, que eu produzi”, conta. “Ele estava até meio sumido. Lembro da época em que ele até falava: ‘Pô, a turma quer me ver é cantando rap, sou neurótico’. Mas depois todo mundo foi vendo que funk tinha musicalidade, que podia tocar no rádio.”

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