Por daniela.lima

Rio - A história de ‘Dólares de Areia’ é simples: Em uma viagem à República Dominicana, a francesa Anne (Geraldine Chaplin) se apaixona por Noeli (Yanet Mojica), que é bem mais jovem que ela. A primeira é fisgada pelo coração. A segunda, pelo bolso. Porém, o conjunto final mostra-se tão pretensioso que torna enfadonho cada segundo dos 80 minutos do filme. 

Em cena%3A Geraldine Chaplin%2C como Anne%2C e Yanet Mojica%2C como NoeliDivulgação


Nas primeiras cenas descobrimos como Noeli ganha a vida explorando turistas em troca de prazer. O tema é sério. O problema é que ele fica perdido dentro do roteiro problemático de Israel Cárdenas e Laura Amelia Guzmán (que também assinam a direção).

A atuação de Geraldine é o que sustenta, ou o que tenta sustentar ‘Dólares de Areia’. Ela é intensa e, mesmo com poucas falas, é capaz de transmitir a força necessária às emoções de sua personagem apenas com o olhar.

Aliás, longos períodos de silêncio tomam conta das cenas do filme. O problema é que muitas vezes esse silêncio não vem acompanhado de nenhum significado. Quando buscamos uma resposta para ele na tela, o que vemos é uma fotografia escura e personagens perdidos. A impressão que fica é de que a pretensão artística de Cárdenas e Laura Amelia se sobrepôs à profundidade de Anne e Noeli e ao tema retratado.


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