Estátua do Drumond na praia - coluna Vinho Sem Mistério - Divulgação
Estátua do Drumond na praia - coluna Vinho Sem MistérioDivulgação
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Rio - Tem estátuas com jeito de estátua. Frias, indiferentes, (generais a cavalo, espada em riste), mas as atuais estátuas cariocas, não: viram íntimas dos passantes! Manuel Bandeira na porta da ABL (quase se levantando da cadeira); Caymmi no Posto 6, com violão no ombro; Pixinguinha dobrando o joelho pra soprar o jazz (Travessa do Ouvidor) e a campeã: Drummond sentado, de perna cruzada, camisa esporte, ali, disponível, "louco para ouvir uma confidência".

Essa história é curiosa. Segundo o blog do Instituto Moreira Salles, um dia de 1983, o fotógrafo Rogério Reis, da 'Veja', foi ao apartamento do Drummond e pediu que ele o acompanhasse até a praia para uma pose que seria capa da revista. Chegando lá, sugeriu ao poeta que ficasse de costa para o mar. Drummond reagiu: "de costas para o mar?!" Mas o fotógrafo o dobrou com argumentos de comunicação: assim o leitor iria vê-lo e ver o mar atrás! Dezenove anos depois, o artista plástico também mineiro Léo Santana se baseou nessa foto para construir a estátua. Que se tornou um misto de artista pop e amigão. As pessoas conversam com ele, e milhares de turistas tiram selfies, sentam no colo.

 

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