Diúlia com Ciro Sales e Ricardo Gadelha no 'Catfish' - fotos Divulgação/MTV
Diúlia com Ciro Sales e Ricardo Gadelha no 'Catfish'fotos Divulgação/MTV
Por Gabriel Sobreira

Rio - Mais de três mil pessoas já escreveram para a MTV a fim de testar a veracidade de suas paqueras virtuais. "Por incrível que pareça, temos um aproveitamento de 1% de histórias que chegam. Na primeira temporada foram 1.500 pedidos de ajuda. E gravamos oito episódios", conta Ricardo Gadelha, que ao lado de Ciro Sales comanda o 'Catfish', que estreia a terceira temporada, hoje, a partir das 22h.

DICAS

O objetivo da atração é pegar o parceiro que tem desconfiança e fazer uma limpa nas redes sociais e vida do possível falsário. A função da dupla é de investigação da verdadeira identidade de quem está por trás do perfil e, claro, a mediação do encontro entre os amantes virtuais. "Tudo que a gente não pode contar para a mãe, pode dar merda. Você pergunta: posso falar pra minha mãe sobre esse namoro que estou vivendo aqui? Se não puder, tem alguma coisa errada". ensina Ciro.

ESTREIA

No episódio de estreia, ele e Ricardo têm o desafio de investigar o caso de Diúlia, de Novo Hamburgo (RS). Através do Facebook, ela conheceu Johnny, de Vila Velha (ES). Os dois se aproximaram quando o pai da jovem faleceu, há dois anos, mas nunca se viram pessoalmente. No máximo, trocaram mensagens de áudio.

SUSPEITA

A primeira pista de que tem algo errado é quando os apresentadores percebem que Johnny usava ilegalmente no perfil dele a imagem de André Coelho, ex-participante de um reality da MTV. "O máximo de honestidade possível evita a perda de tempo. Se eu virar para a outra pessoa e disser: Estou um pouco inseguro porque só vi duas fotos suas. Joga pro outro o problema", explica Sales.

Para Gadelha, no fundo, os dois lados estão se escondendo. "Muitas vezes, a pessoa que acredita numa mentira dessas não tem capacidade de acreditar numa verdade ao lado de casa. Não quer viver um amor presencial, não tem estrutura. Ou acabou de sair de um trauma bizarro. Então se preserva um pouco e arrumar um namorado virtual foi a opção mais saudável que ela encontrou naquele momento de fragilidade", analisa ele, que recebe quase que diariamente mensagens de fãs no Instagram em busca de dicas.

Em contrapartida, tem também quem olhe com desconfiança para a atração. "Esse programa recebeu algumas criticas na primeira temporada, e logo depois a audiência se acostumou com o formato", afirma Ciro, em referência ao formato doc-reality. Ainda no episódio de estreia, a dupla encontra a chefe do investigado. A loja, uma pizzaria, onde ele trabalha estava fechada e a patroa falou para os apresentadores onde mora o funcionário. "Antes de encontrarmos a gerente da pizzaria, chegamos outras vezes e ela não estava. Em outro caso, antes da gente ligar e a pessoa do outro lado atender e dar o contato do telefone de sei lá quem a gente estava procurando, a gente ligou outras 20 vezes e deu fora de área e caiu", justifica Ciro. "A edição do programa faz escolhas. Se você me perguntar, adoro ver quando uma coisa dá errado. Mas talvez não seja a forma de atingir uma maior audiência", completa.

FINAL FELIZ

Ciro conta que o final de cada episódio para ele é sempre feliz porque a verdade aparece. "Alguém se liberta de um sofrimento, de uma mentira, ou alguém confirma suas suspeitas. É um final feliz, por mais que vá sofrer", argumenta. Mas quem pensa que a vida dos apresentadores é festa viajando pelo país inteiro, eles asseguram é justamente o contrário. "Quando termina o dia de gravação não é tipo: 'Vamos sair, tomar uma cerveja e conhecer a cidade'. Está mais para: 'quero ir para o quarto do hotel e dar uma choradinha (risos)", garante Ciro Sales.

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