Barão Vermelho em nova formação com Suricato (último da esquerda para a direita na foto) e a capa do single - divulgação
Barão Vermelho em nova formação com Suricato (último da esquerda para a direita na foto) e a capa do singledivulgação
Por Ricardo Schott | ricardo.schott@odia.com.br

Quem for ao Circo Voador no dia 28 de dezembro, vai poder escutar ao vivo pela primeira vez a nova canção do Barão Vermelho, 'A Solidão Te Engole Vivo'. Primeira inédita da banda com Rodrigo Suricato nos vocais, a música foi composta pelos fundadores do grupo, Guto Goffi e Mauricio Barros, ao lado do guitarrista Fernando Magalhães. E vai estar no disco que a banda planeja para 2019.

O Barão não vai fazer diferente dos seus colegas no lançamento do disco: vai anunciá-lo com singles nos serviços de streaming. Alguns já estão por vir. "Este novo álbum é de extrema importância para o reconhecimento e validação desta nova formação, por esse motivo optamos por gravar apenas canções compostas por nós quatro, tudo mesmo, até as letras", conta o baterista e letrista Guto.

Rodrigo, por sua vez, tem dado sua cara própria ao som do grupo. O que inclui o seu arsenal de instrumentos vintage (violões e guitarras antigos, com aparência "envelhecida"). No novo álbum, ele vai assinar pelo menos cinco canções.

"Além de contribuir diretamente em todos os arranjos. No Barão de hoje são quatro atacantes. Fico feliz de vê-los tão produtivos", alegra-se o músico.

LETRA NOVA

Guto é um cara bastante ativo e opinativo em redes sociais - o que o aproxima bastante dos fãs. Não deixou de fazer o mesmo em 'A Solidão...', que fala sobre "relacionamentos desgastados pelos discursos de ódio e polarização".

"Essa letra é bem adulta e madura, e convida todos a estarem próximos de quem você ama, de quem te protege, de quem salva a sua pele. O mundo atual é duro. Tem um discurso seco e hiper-radical de valorizar os fortes num mundo de fracos. Essa crueldade vai nos comer vivos, e a nossa música dá o toque", avisa Guto.

AMIZADE

O baterista, por sinal, é amigo do parceiro Mauricio há heroicos 41 anos. Mesmo com a amizade de décadas, houve um afastamento, hoje resolvido e superado. "Como ele tocava com o Frejat na carreira solo, acabei me distanciando deles. Quando o Frejat me comunicou que havia se decidido por deixar a banda, eu imediatamente me pus na ofensiva, e tive a vontade imediata de seguir com o grupo".

No palco, uma grande saudade é a do percussionista Peninha, morto em 2016, e que tocou com o Barão Vermelho desde os anos 1980 - primeiro como convidado, depois como integrante oficial.

"Toquei 35 anos ao lado do Peninha, com ele aprendi quase tudo que sei a respeito de tocar bateria, no somar a música e não apenas a sua vontade. Foi meu grande parceiro na música e na amizade fiel", recorda o baterista. "Fizemos tabelinhas incríveis nos shows que dividimos e curtimos muito na estrada, sem fronteiras, pela liberdade, pelo prazer de viver e estarmos juntos. Amor mesmo, homens também se amam".

NO CIRCO

O Barão Vermelho vai unir a música nova a antigos hits no show do Circo Voador, no dia 28 de dezembro. Na abertura, a banda Mamute Flutuante, formada por Leo Guima, Gnomo, Marcelo Callado e Melvin. Nos intervalos, quem põe som é o DJ Marcelinho da Lua.

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