Cidadãos como Silvéria Ferreira, com deficiência visual, poderão ir ao cinema  - Divulgação
Cidadãos como Silvéria Ferreira, com deficiência visual, poderão ir ao cinema Divulgação
Por EBC
Para garantir a acessibilidade de pessoas surdas e pessoas cegas aos filmes, até o final deste mês, 35% das salas de cinema dos grandes complexos (com mais de 20 salas de exibição) e 30% das salas dos grupos menores (até 20 salas) deverão ter equipamentos que permitam a participação dessa parcela da sociedade.
Instrução Normativa da Agência Nacional do Cinema (Ancine) determina que, até janeiro de 2020, todas as salas de cinema do Brasil terão de ser acessíveis. De acordo com a agência reguladora, as metas serão aferidas conforme o número de salas dos exibidores, independente da cidade ou região do país. As informações são da Agência Brasil.
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Há mais de um tipo de tecnologia no mercado para equipar as salas de cinema para acessibilidade. No caso dos surdos, a maior dificuldade está nos filmes brasileiros sem legenda, descrição de sons ou janelas no canto da tela com intérpretes que façam a tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
No caso dos cegos, é necessário o uso de aparelhos sonoros que recebam sinais via FM ou Wi-fi com audiodescrições, narrações que descrevam paisagens, cenários e situações do filme, além de expressões e até o estado emocional das personagens que compõem a cena.
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Imagens mentais
De acordo com a audiodescritora Kley Kopavnick, que atua em Brasília, o propósito das narrações é formar "imagens mentais" para os cegos que acompanham filmes no cinema ou na TV, visitam uma exposição de arte, ou estão em uma cerimônia.
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À exceção de apresentações ao vivo, não gravadas, a audiodescrição segue roteiro elaborado previamente que, ao ser escutado, permite a pessoas cegas interpretar tramas e compreender informações. No caso dos filmes, o roteiro estabelece as deixas que o narrador grava para os cegos entre os diálogos que ocorrem durante os filmes.