Tino Jr - Paulo Roberto Mauzer
Tino JrPaulo Roberto Mauzer
Por Juliana Pimenta
Rio - Queridinho da audiência, Tino Júnior acaba de completar seis anos na Record. À frente do Balanço Geral, o apresentador comemora a oportunidade de ter estreitado os laços com o público, mas garante que, apesar da sintonia com os fãs, há jogo ganho. “É um trabalho diário. É como um casamento. Se me perguntarem: ‘você conquistou a sua mulher?’. Eu vou dizer que ontem sim. Até ontem o trabalho foi feito, mas hoje a gente tem que fazer de novo. É um trabalho de conquistar e reconquistar todos os dias. Eu faço questão de fazer um programa em que as pessoas participem, em que eu levante um debate e que saia do trivial. Quando eu comento, por mais que seja um crime, eu acho que tenho que buscar outras formas de enxergar o que está acontecendo, buscar uma reflexão. Tentar entender os três lados, porque toda história tem três lados”, argumenta Tino.

Apesar de ser responsável por levantar a audiência por horas nas tardes da Record, Tino argumenta que esse não é o seu foco. “Se audiência for meu objetivo, eu posso acabar tropeçando. É como você abrir uma empresa pensando no faturamento. Se você pensar só no dinheiro, você vai esquecer do atendimento. O faturamento é consequência de um bom atendimento, de um bom serviço, de uma boa entrega. Então, o meu papel aqui é pensar na entrega, pensar no meu consumidor, em quem está me assistindo. A audiência é consequência disso tudo”, afirma.

Cobertura intensa

Aos 45 anos, Tino assumiu o desafio - assim como os âncoras de outras emissoras - de tocar a programação em meio à pandemia e às incertezas dos últimos meses. Para o apresentador, a imprensa tem importância fundamental. “Nosso papel foi muito importante. Graças a Deus, não peguei a covid-19. Então, durante esse período, eu consegui trabalhar todos os dias. Fui uma presença constante na casa dessas pessoas, levando reflexão e, por muitos momentos, tentando aliviar um pouco a tensão, porque os números assustavam. Acho que com todo mundo, mas pelo menos eu fiquei com medo de pegar a doença, morrer e não ver meu filho crescer. Acho que foi uma insegurança que bateu em todo mundo. Por isso, nesses momentos, eu me ancorava na opinião dos médicos. A nossa profissão tem uma responsabilidade muito grande”, destaca Tino.

Redes sociais

Com um jeito brincalhão, o apresentador admite certa timidez quando está fora do ar. Nas redes sociais, por exemplo, apesar de ter um milhão de seguidores, Tino produz pouco conteúdo. Rotina que ele promete mudar daqui pra frente. “Eu vejo os stories de umas pessoas e acho uma coisa tão desinteressante… Mas essas pessoas têm milhões e milhões de seguidores fazendo aquilo ser interessante. Eu acho que o que é desinteressante para mim é interessante para o público. Tenho o receio da pessoa olhar os meus stories e pensar ‘não quero saber da sua vida’. Mas vou tentar desencanar disso e fazer essa experiência, ver o que acontece. Não quero virar aquele indivíduo que fica com o telefone na mão o tempo todo, com a família, viajando. Mas eu vou tentar postar mais”, garante.