Leziário Nascimento ocupava o cargo desde 2012Divulgação

Rio - Leziário Nascimento, presidente da escola de samba Estácio de Sá, renunciou o cargo nesta segunda-feira (6), alegando problemas pessoais. A agemiação ficou na oitava posição no desfile da Série Ouro.

Leziário, que estava no comando da Vermelho e Branco desde 2012, escreveu uma carta informando a renúncia. No documento, ele afirmou acreditar que já ofereceu tudo o que estava ao seu alcance para o engrandecimento da escola. "Depois de muita reflexão cheguei à conclusão de que a alternância na condução da agremiação é o melhor caminho para que a Estácio de Sá continue a sua história de sucesso no mundo do samba e da cultura em nosso estado”, disse.

Por fim, o ex-presidente afirmou que nova administração será capaz de trazer modernização para a escola. “Obrigações familiares e o próprio desgaste natural decorrente das incríveis dificuldades para a preparação dos carnavais impedem que eu continue a exercer com plenitude o comando da escola meu coração vermelho e branco continuará pulsando no compasso da Bateria Medalha de Ouro, e não medirei esforços para ajudar a escola a ultrapassar por quaisquer dificuldades que se apresentem. Contudo, somente uma nova administração será capaz de promover a necessária modernização da escola, a fim de que num futuro próximo estamos de volta à elite do carnaval carioca. Com um sentimento de dever cumprido e com os olhos marejados, deixo um enorme beijo no coração de todos os integrantes da escola”, finalizou Leziário, que ainda teria mais dois anos de mandato.
O vice-presidente é o compositor Edson Marinho, que também preside a Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio.
Procurada, a assessoria da Estácio, no entanto, ainda não confirmou se o vice assumirá o cargo de presidente, ou se a diretoria convocará novas eleições. 
Decadência
Campeã do Grupo Especial em 1992, a Estácio entrou em um período de acentuada decadência nos últimos anos. Rebaixada para a Série Ouro no Carnaval de 2020, a escola perdeu seu barracão na Cidade do Samba.
Para o último desfile, quando o enredo exaltou as festas religiosas e a cultura do Maranhão, as alegorias foram feitas num espaço improvisado, sem nenhuma estrutura, na Rua João Paulo I, esquina com Avenida Paulo De Frontin, num terreno da RioTrilhos, no Rio Comprido.