Por tabata.uchoa

Rio - Elas passam nove meses juntinhas dentro de uma barriga apertada, geralmente dividem a mesma casa, a mesma turma na escola e, às vezes, o mesmo quarto. Passam a vida sendo confundidas uma com a outra e, quando têm a oportunidade de ir para lados opostos, resolvem continuar juntas. Essa é a realidade das gêmeas, Bia e Branca, Pepê e Neném, Monique e Michelle, Suzana e Suzane, entre tantas outras.

Bia e Branca Feres não se desgrudamDivulgação


“Nossas vidas estão seguindo o mesmo caminho”, afirmam as louras que ganharam o Brasil com o nado sincronizado. Sem ter ideia de como é trabalhar sozinha, Branca, que atualmente comanda o programa ‘Deu Olé’, na Record, ao lado da irmã, não consegue pensar em como seria sua carreira, sem dividi-la com sua gêmea. “Não posso nem imaginar, o que podemos dizer é que estamos muito felizes assim”, garante.
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Quem também partilha desse sentimento são as cantoras Pepê e Neném. Morando no mesmo apartamento que a irmã, Neném diz que esse fato não vai mudar nem quando elas se casarem. “A gente não consegue se ver uma sem a outra. No futuro, mesmo quando casarmos, continuaremos na mesma casa. Se não der certo, podemos morar em casas separadas, mas tem que ser perto”. Essa parceria foi fundamental quando a dupla enfrentou o drama de quase perder o apartamento onde mora, por falta de pagamento. “Ter a Neném perto de mim naquele momento me deu tranquilidade, pois ela faz parte de mim”, declara Pepê.
E quem já provou o gosto de brilhar sozinha garante que a sensação não é das melhores. É o caso das baianas Suzana e Suzane. “Como modelos, já fizemos muitos trabalhos separadas, mas gostamos é de fotografar juntas. E as pessoas reclamam quando só uma aparece nas fotos”, jura Suzane, que desfilou com a irmã na primeira edição de 2013 do Fashion Rio.
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Monique e Michelle, jogadoras de vôlei, também já tiveram o seu momento independente. Há três anos, elas jogavam em equipes diferentes e chegaram a se enfrentar em partidas. “É difícil jogar contra a Michelle. Quando entro em quadra, eu quero a vitória, mesmo torcendo pelo sucesso dela”, disse Monique, na época, ao site da Confederação de Vôlei.
Para o psicanalista Fernando Scarpa, o desejo que as irmãs gêmeas sentem de seguirem juntas é explicado pelo elo que elas constituem desde o nascimento. “A grande fantasia humana é encontrar sua alma gêmea. Procuramos por isso a vida toda. Quem tem um gêmeo encontra antes de nascer. É um laço impossível de ser cortado”, analisa o especialista, que ainda cita um risco para quem escolhe seguir a vida sempre ‘a dois’. “A pessoa pode não se sentir segura para enfrentar os desafios sozinha”.
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