Por daniela.lima
Rio - “Um recomeço”. Foi assim que Tom Cavalcante resumiu os sete meses que passou no anonimato em Los Angeles, na Califórnia, acompanhado da mulher, Patrícia, e da filha caçula, Maria, de 13 anos. Após o período de imersão de estudos e trabalho na Califórnia, o humorista vai ficar na ponte aérea para matar a saudade do público brasileiro. Nos dias 1 e 2 de fevereiro, ele reestreia em São Paulo o espetáculo “No Tom do Tom”, que ganhou uma atualização após a temporada internacional do humorista. “Não quero entregar ainda. As novidades estão nos textos criados para a cena política e para os novos personagens”, adianta ele.
De volta ao Brasil%2C Tom Cavalcanti diz que não tem planos de voltar à TVAg. News


Aos 51 anos de idade e 20 de carreira, Tom contou ao iG como foi circular sem ser reconhecido pelas ruas americanas e disse que adorou voltar às salas de aula. “Fui um simples estudante que acordava às 7h, colocava o lanche na mochila, deixava a filha na escola e ia para a aula comportadamente, sem faltar um dia sequer."

No bate-papo, o humorista também fala sobre seus projetos cinematográficos, o curta "Pizza Me, Mafia" e um longa com Seu Jorge, e avisa: "Não tenho planos de voltar à TV por enquanto."
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Após sete meses longe dos palcos, está ansioso para encontrar o público? Sentiu falta de trabalhar?
Tom Cavalcante: Trabalhei forte por lá na feitura do meu media-curta, indo para a escola todos os dias pela manhã, ralando diariamente para aprimorar o idioma. E claro que senti saudade do meu público.
Você volta com novos personagens, pode adiantar algum deles?
Tom Cavalcante: Sim, mas não queria entregar ainda. As novidades estão nos textos criados para a cena política e para os novos personagens.
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Como foi a vida em Los Angeles? Que balanço faz da temporada de estudos? Alcançou o que foi buscar?
Na verdade, esse ano continuo ligado à Los Angeles, fazendo uma ponte aérea com o Brasil. Os estudos foram proveitosos, tanto de cinema como da língua. Gravei um curta para servir de piloto para o mercado americano e entreguei a um agente para avaliação, caso precisem de humorista com o meu gênero de humor. Um projeto à longo prazo que pode vingar, quem sabe...
A vida longe dos holofotes, no anonimato, foi prazerosa?
Uma experiência muito interessante. A sensação é de um recomeço. Era um simples estudante que acordava às 7h, punha o lanche na mochila, deixava a filha na escola e ia para a aula comportadamente, sem faltar um dia sequer.
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Você fez um curta metragem por lá e começou a escrever um longa com Seu Jorge. O que te impediu que você conseguisse deslanchar na carreira no internacional?
São duas coisas distintas. O longa com o Seu Jorge está a pleno vapor. Já deslanchar na carreira internacional, nunca foi minha intenção. Seria um fenômeno isso acontecer em oito meses. Fui apenas para estudar e aplicar aqui no Brasil em breve. Para uma carreira se consolidar em Hollywood leva no mínimo dez anos.
Sentiu algum tipo de preconceito? Acha que o mercado internacional ainda é muito fechado para os brasileiros?
Não é que seja fechado. O sistema tem todo um processo a ser vivenciado até você chegar lá. Tudo igual ao que vemos por aqui.
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A carreira artística é muito instável. Nesse período, você conseguiu diversificar seus negócios?
Sabedor disso desde cedo, procurei nesses 20 anos de carreira, com a ajuda do meu público e das TVs por onde passei, construir uma trajetória financeira interessante. Com muita sorte e trabalho, posso te falar que dá para ir levando.
A gente pode esperar uma volta para a televisão em 2014? Já recebeu alguma proposta?
Tom Cavalcante: Não tenho planos de voltar à TV por enquanto. Meus projetos estão voltados para o cinema, aqui e em Los Angeles.
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Não sei se tem acompanhado a programação da televisão brasileira, mas as quedas de audiência e crises financeiras das emissoras te preocupa?
Não tenho acompanhado, mas em linhas gerais, tenho visto que o mercado nacional no seu todo está passando por um momento de retração. São ciclos de uma economia.