Mas não se engane. Na trama de Thereza Falcão e Alessandro Marson, Isabelle viverá uma heroína nada convencional. “Anna é questionadora, é uma mocinha idealista. Está à frente de seu tempo, vai fugir das regras. Se apaixona pelo Joaquim (Chay Suede), mas ela é da nobreza, ele não. Ele é um ator. Os dois se conhecem no navio vindo para cá. E depois vai acontecer um triângulo com o Gabriel Braga Nunes (o oficial inglês Thomas Johnson)”, esclarece a atriz.
Isabelle conta que sua Anna é uma escritora, uma verdadeira artista, que inicialmente tem a missão de acompanhar Leopoldina e ensinar a língua da colônia para a futura princesa. “Ela é inspirada na inglesa Maria Graham, que realmente existiu. Ela e Leopoldina eram amigas, e ela era professora das filhas dela. Os autores adaptaram, temos a licença poética. Aliás, a novela é toda poética”, enaltece a intérprete.
E a heroína pode ser considerada uma feminista da época?
“Sim. Ela vai fazer coisas que as mulheres não faziam, vai assinar os livros dela, por exemplo. Vai questionar muito o que acontece ao redor, a escravidão. A história é narrada a partir do diário dela, da sua observação e percepções. No início, ela ganha um diário da Leopoldina e começa tudo ali”, diz.
ENTREGA AOS PERSONAGENS
A niteroiense de 22 anos não se assustou com o desafio de viver sua sexta protagonista, numa trama que pediu tanta preparação. Para ‘Novo Mundo’, os atores fizeram um trabalho que começou em outubro do ano passado, e incluiu aulas de equitação, luta com espada, pintura, tiro, etiqueta, entre tantas outras, para se ambientarem com os costumes da época. “Estamos gravando há dois meses. Preparando há três. Além das aulas, tivemos ensaios. Claro que isso e a caracterização ajudam muito. E sempre fiz meus personagens, independentemente de tamanho, com a mesma dedicação. Gosto de estudar, sou exigente com meu trabalho, e sou entregue, mergulho”, confessa.
A atriz, que está solteira no momento, garante que a carreira a realiza. “Conquistei felicidade com o meu trabalho.É tudo que preciso. E veio de dentro de mim. Sou focada. O melhor da profissão é viver os personagens, aquelas vidas dentro do estúdio. Sou encantada por isso. Atuar me faz feliz. Amo o que faço”.