Felipe Neto  - Reprodução Youtube
Felipe Neto Reprodução Youtube
Por KARILAYN AREIAS

Rio - Felipe Neto foi envolvido em mais uma polêmica. Segundo o youtuber, internautas que utilizam a deep web (internet profunda) tentam associar a responsabilidade do massacre na Escola Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, a ele. Felipe afirma que os frequentadores dos chans (fóruns que reúnem extremistas) estão divulgando que os dois atiradores que atacaram alunos e funcionários da instituição o fizeram após assistir um vídeo feito por ele em 2016. 

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"Se vocês virem qualquer pessoa alegando que os terroristas de Suzano conheceram os chans por minha causa... Saibam que isso é um plano criado nos próprios chans pra tentar atacar minha reputação. Quem divulgar, é porque tá envolvido. Tenho muitas provas arquivadas, segue algumas", disse Felipe em sua conta no Twitter. 

Há três anos, o youtuber publicou um vídeo em que explica o funcionamento desses fóruns. Ao fim do conteúdo, Felipe pede para que quem assistiu entre nos links dos fóruns e faça publicações aleatórias para expô-los. "O pânico deles é que contem sobre os chans, que vazem, que falem que eles existem. Que as pessoas comentem umas para as outras: aí tu sabe onde nasce esse racismo na internet? É nesse site aqui!", diz ele. 

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No entanto, atualmente não há mais os links na descrição do vídeo. De acordo com um texto, eles foram retirados, pois o objetivo (que usuários entrassem e fizessem postagem aleatórias no fóruns, fazendo com que eles ficassem foram do ar ou fossem desativados) foi alcançado. 

"Vocês fizeram os chans saírem do ar e serem expostos. Foram milhares e milhares de pessoas acessando simultaneamente e deixando mensagens. O fluxo de mensagens foi tão gigantesco, que pouquíssimo conteúdo ofensivo foi visto pelos usuários. O motivo que não irei recolocar os links aqui é porque os donos dos chans podem redirecionar os links e enviar os usuários para sites pornô ou coisas piores, o que poderia ser visto pelo Youtube como 'o Felipe Neto está enviando usuários para sites pornô'. Apenas por este motivo, os links foram removidos", explica o texto. 

Após a publicação de Felipe, os internautas se dividiram entre os que apoiaram o youtuber e aqueles que não concordaram com o intuito do vídeo. "Os assuntos já saíram dos Chans e invadiram o YouTube! O plano parece mesmo estar em prática Felipe. Estes canais que estão repercutindo esta armação deveriam ser penalizados por isso. São irresponsáveis. Criminosos", escreveu um internauta. "Olha Felipe eles podem usar isso contra você porque você deu brecha. Sei que a culpa não é sua, e sei que você fez na boa intenção. Mas sério? Compartilhar link desses chans com crianças/adolescentes foi dar tiro no próprio pé. Eu vi esse vídeo na época que você lançou, então eu me lembro", disse outra. 

O DIA procurou a assessoria do youtuber para esclarecer se ele pretender prestar queixa sobre o caso ou se entrará com algum processo na Justiça. A informação não foi confirmada, porém a assessoria de Felipe reiterou que "é mentirosa a alegação de que os terroristas do massacre de Suzano conheceram os chamados “chans” por sua causa". "Trata-se de uma tentativa infundada de denegrir a sua imagem. O assunto veio à tona pois o influenciador fez um vídeo, publicado em 2016, cujo objetivo era justamente levar esse assunto ao conhecimento da sociedade, explicar o que são esses fóruns e exemplificar todas as atrocidades que lhes competem, a fim de apenas colaborar para a extinção dos mesmos", diz a nota.

 

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