Fotos mostram cabos enrolados em hélice de avião que levava Marília Mendonça e caiu na última sexta-feira, 5Divulgação/Fervel Auto Socorro

Rio - O médico Kleyton Carvalho, primeiro profissional de saúde a chegar ao local do acidente que matou a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas, disse em entrevista a Band News que percebeu ser quase impossível haver sobreviventes assim que chegou ao local. 
"Pela situação que eu me deparei dentro da aeronave, era quase impossível as vítimas estarem vivas. A aeronave estava bastante danificada, bastante quebrada, tinha pertences, malas sobre as vítimas. O local é de muito difícil acesso, uma coisa que chamava bastante atenção também era a quantidade de combustível. Além disso, durante a operação, não sabíamos se a aeronave ia cair ou não sobre a cachoeira, né? É um dos atendimentos, se não for o atendimento mais complicado, que realizei até hoje", disse o técnico do Samu. 
Ele contou que primeiro encontrou o corpo do produtor musical Henrique Bahia caído ao chão e o corpo de Marília Mendonça próximo a uma poltrona, com vários objetos pessoais da vítima espalhados ao chão. As mortes foram confirmadas ainda dentro da aeronave, mas a equipe preferiu não deixar a informação vazar para que os familiares fossem informados. 
"Nossa esperança era encontrá-los com vida. Prontamente, verifiquei os sinais vitais de todos. Provavelmente, a causa da morte realmente foi politraumatismo. E não se sabe como foi e o que causou. Só a perícia e a investigação vão poder nos detalhar", disse Kleyton, que também contou ter passado por um choque ao perceber que era o avião da cantora Marília Mendonça.
"Quando eu entrei na aeronave, é muito difícil, muito complicado. Não só por serem pessoas conhecidas, mas são vidas, né? Ceifadas pelo acidente. E eu sou um fã incondicional também da Marília. Quando percebi que o avião era dela, isso foi para nós um grande choque", finalizou.