A influenciadora Lorrane Silva (Pequena Lô) e outras influencers se queixam pela falta de acessibilidade no festival Reprodução / Twitter

Rio - Mesmo fazendo campanhas a favor da acessibilidade, o festival Lollapalooza vem recebendo críticas acerca do assunto. As influenciadoras Pequena Lô, Lorena Eltz e Giovana Massera comentaram em suas redes sociais sobre as dificuldades enfrentadas pela falta de acessibilidade no festival Lollapalooza.
Pequena Lô, que sofre de uma síndrome rara que causa problemas ósseos, precisou ser carregada no colo, por um desconhecido, para acessar o palco eletrônico do evento. 
"Esse rapaz que se disponibilizou para me pegar no colo para subir não me conhecia, e mesmo assim, ele teve a empatia de querer me ajudar [...] a gente paga o mesmo valor que todas as pessoas pagam para aproveitar o evento e a gente não é incluído, entendeu? Então, eu acho que é o mínimo a ser feito é incluir a gente também, para gente ter uma independência e poder aproveitar como todas as pessoas que estão ali e não são pessoas com deficiência.", desabafou nos stories do Instagram. 
Já Lorena Eltz que possui a Doença de Crohn, enfrentou grandes transtornos com sua bolsa de ileostomia. Por conta do solo irregular e de toda distância que precisou percorrer para acessar alguns locais no festival, a influenciadora acabou se sujando de fezes e não conseguiu achar nenhum banheiro próximo ao local que estava para se limpar. 
"Para quem usa bolsinha sabe que andar muito e ficar sem banheiros são coisas que não rolam. Não vi um banheiro perto dos lugares que passei, só na saída, depois de caminhar mais de 15 minutos. Eu simplesmente estava com cocô escorrendo por toda minha calça, tênis e tudo mais. Minhas amigas me ajudaram a limpar e eu voltei para casa chorando.", desabafou Lorena.
Portadora de Lúpus, Giovana Massera (Toranja) também enfrentou dificuldades para se locomover no evento. A influenciadora foi para o evento acompanhada da irmã, também portadora da doença, e precisou ter a cadeira de rodas desatolada por ela, para conseguir passar pelo caminho que levava à área "PCD Experience".
"A campanha de inclusão do Lollapalooza foi puro marketing, porque na prática, fomos todos humilhados. Eu vou até dar umas dicas para quem é PCD, de como sobreviver lá, porque os orientadores contratados não sabiam de nada, descobri na raça, viu?", contou em uma publicação no Instagram.