Anitta expressa seu descontentamento com a medida do TSEReprodução / Instagram

Rio - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atendeu o pedido feito pelo PL, atual partido do presidente Jair Bolsonaro, e decidiu pela proibição de manifestações políticas durante os shows do festival Lollapalooza, sob pena de multa de R$ 50 mil. Após a decisão, muitos artistas se manifestaram contra a medida e, entre eles, a cantora Anitta resolveu expressar seu descontentamento nas redes sociais.
"Não existe isso de proibir um artista de expressar publicamente a infelicidade dele perante ao governo que está 'rolando' neste exato momento", iniciou a cantora.
"Entendo a questão de fazer campanha política para o candidato, acho que realmente cada um vota em quem quer. Porém, proibir a gente de manifestar a nossa insatisfação com o governo atual? Isso é censura! Isso é 1900 e bolinha aí, que o povo não podia fazer nada. A gente não quer voltar para estaca zero, não, pelo amor de Deus!"
"Eu vou lutar com todas as minhas armas! Ah, vai botar multa de não sei quanto... Ah, então, a gente paga a multa, querido. Briga aí, meus amigos que quiserem se manifestar, porque eu pago a multa de vocês", concluiu Anitta.
Respondendo alguns tweets sobre o assunto, a cantora ironizou o valor da multa imposta na proibição de manifestação política nos festivais:
 
Medida criada para apoiar os artistas
Após a decisão do TSE, o youtuber Felipe Neto também se uniu às manifestações de descontentamento e usou o Twitter para falar sobre o assunto.
Felipe se colocou à disposição do artistas e divulgou o movimento que faz parte, "Cala Boca Já Morreu". Segundo as informações disponíveis no site, a missão da frente está voltada para defesa de artistas que não teriam condições de agir contra medidas governamentais:
"Se você está sendo investigado criminal ou administrativamente por ter expressado uma ideia ou criticado uma autoridade pública, e não encontrou meios, públicos ou privados, para se defender, o Cala Boca Já Morreu vai ajudar na sua defesa e, se o caso, provocar o Ministério Público competente para apurar eventual abuso por agente público."