Guta Stresser revela ter esclerose múltipla e dá detalhes sobre como tem lidado com o diagnóstico Reprodução / Instagram
Guta Stresser revela ter sido diagnosticada com esclerose múltipla: 'Perdi o chão'
Atriz contou que imaginou ter alguma doença após sentir muitas dores musculares, formigamentos, fortes variações de humor e sofrer com esquecimentos constantes
Rio - A eterna Bebel de "A Grande Família", Guta Stresser, de 49 anos, revelou ter sido diagnosticada com esclerose múltipla, doença autoimune que provoca múltiplas lesões nos nervos e causa distúrbios na comunicação entre o corpo e o cérebro. Em uma entrevista exclusiva para "Veja", a atriz deu detalhes sobre o momento em que descobriu o problema de saúde e as formas que encontrou para lidar com ele.
"Comecei a esquecer palavras bem básicas, como copo e cadeira. Se ficava duas horas parada assistindo a um filme na TV, logo sentia dores musculares. Tinha formigamentos frequentes nos pés e nas mãos, enxaquecas fortíssimas e variações de humor. O pior era um zumbido constante no ouvido. Parecia que havia ali um fio desencapado, provocando um curto-circuito na minha cabeça", contou.
"Após uma ressonância magnética, recebi enfim o diagnóstico: esclerose múltipla. Perdi o chão na mesma hora. Nem sabia direito o que era aquilo, só que afetava o cérebro, e só isso me soou aterrorizante. O médico explicou que se trata de uma doença autoimune em que o próprio corpo ataca a mielina — a capa de gordura que reveste os neurônios e ajuda nas conexões da mente", desabafou.
Guta afirmou, ainda, que os médicos ainda não conhecem prevenções contra a esclerose e que precisou do auxílio de um neurologista para lidar melhor com seu diagnóstico. "Os especialistas não sabem por que esse processo é desencadeado. O que está comprovado é que atinge os movimentos e a fala. Tive muito medo. Pela minha cabeça se desenrolava um filme em que eu ficava completamente incapacitada. Mas, com a ajuda do neurologista, entendi que diagnóstico não é sentença e que, apesar da doença não ter cura, ela tem, sim, tratamento", concluiu.
A esclerose múltipla é uma doença crônica rara e não tem cura. Assim, seu tratamento deverá ser seguido até o fim da vida do paciente. De acordo com dados disponibilizados pelo Atlas da Federação Internacional de Esclerose Múltipla e a Organização Mundial da Saúde, no ano de 2020, cerca de 2,8 milhões de pessoas no mundo convivem com a doença, o que equivale a 1 caso entre 3.000 pessoas. Antes de Guta, atrizes como Claudia Rodrigues e Ana Beatriz Nogueira foram igualmente diagnosticadas com o problema de saúde.
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