Andréia Sadi e seus dois filhosReprodução Internet
Eles nunca tinham ficado separados desde que nasceram e meu coração de mãe de gêmeos tentava manter a calma diante do imprevisível, da insegurança , do sofrimento do meu bebê - do medo. Eu falei para alguns amigos que, dps que virei mãe, eu descobri o que é ter medo.
Um dia eu vou conseguir escrever e falar sobre tudo isso- mas, por ora, ainda não consigo. A mãe, como me disseram, “chora por último, segura a onda”- só “chora” quando tudo está bem, fora de perigo.
Olha.. tentei. Me achava forte mas aí vieram os maiores amores da vida e não consegui seguir à risca. Desabei nas poucas horas em que ele fechava o olhinho lá nas madrugadas. Pedia aquela máxima: “quero trocar de lugar com ele, passa a dor dele p/mim pfv”. Fui acolhida na solidão do medo por mulheres profissionais incríveis que devem ver tanta coisa, ne… mas, p/mim, aquela mão amiga da enfermagem foi tudo. Mas, qd ele estava acordado, guardava as lágrimas no bolso e pintava o set para ajudar no tempo da dor dele passar: fui de música e coreografias -repeat Djavan (que ele tá viciado agora kkk) a contar histórias com ele atento no meu colo- pq ele se sentia mais seguro assim.
Na segunda foto- que é um vídeo feito pelo meu irmão companheiro de turno no hospital- fomos dar um rolê no corredor. Em meio a todos fios e cabos, Pedro faz o show dele: parava p/cumprimentar e mandar beijos para os “vizinhos” do corredor. Surpreendidos, Gui e eu caímos na gargalhada.
Mas ali vi que Pedro estava voltando a ser Pedro raiz: veio para ser alegre, fazer rir, se divertir e ser feliz. Meu coração explodiu. Obrigada por me escolher p/ser sua mãe, meu amor.
Walk on, Pedroca (evite correr pfv vc é mt rápido mamãe num alcança ): eu estarei sempre de mãos dadas com vc", escreveu.
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