Documentário mostra imagens feitas nos ataques do 8 de janeiroReprodução/Apocalipse nos Trópicos

O documentário "Apocalipse nos Trópicos", dirigido por Petra Costa, tem dado o que falar desde sua estreia mundial na Netflix, na última segunda-feira (14).
Isso porque a obra investiga a crescente influência do movimento evangélico na política brasileira, questionando se o país caminha rumo a uma teocracia. O filme também traça paralelos com os Estados Unidos sob Trump e discute o impacto de organizações religiosas internacionais no Brasil.
Na produção, que estreou nos cinemas no dia 3 de julho, Petra analisa o papel de líderes como Silas Malafaia e a relação entre fé e poder nas eleições, especialmente após 2018, com a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com isso, algumas pessoas fizeram críticas duras no X, antigo Twitter. Outras, por outro lado, aplaudiram.
O jornalista André Guerra publicou em sua rede social que o filme "não funciona nem como um resumão histórico da política recente, algo que 'Democracia…' conseguia fazer minimamente. Além da falta absoluta de um insight, Petra Costa beira a auto paródia quando começa a filmar os vazios com sua narração solene".
Já um perfil com nome de Dário aponta que "Apocalipse nos Trópicos é muito medíocre.. zero profundidade".
Nas redes sociais, a sensação geral é de que o documentário foi bem recebido pelo público. Alguns perfis o tratam como uma "obra-prima".
"Acabei de assistir Apocalipse nos Trópicos e digo: É UMA OBRA-PRIMA! Lindíssimo retrato da nossa triste realidade política. Um lembrete doloroso de como escapamos de um golpe de estado e de como a religião é usada pelos poderosos pra manipular as massas. Belíssimo", escreveu um internauta. Já a usuária Anália Varela trata a produção como "necessária". 
"Apocalipse nos trópicos é brutalmente necessário! Dá asco, nojo, desespero, tem seu momento de catarse e até certo alento, mas o recado é muito claro e não deve ser ignorado. Mais um grande filme de Petra Costa", escreveu.
Petra Costa
Petra Costa é uma cineasta e atriz brasileira nascida em 1983, em Belo Horizonte, conhecida por seu estilo que mistura narrativas pessoais com contextos políticos e sociais.
Formada em Antropologia pela Universidade Columbia e com mestrado em Desenvolvimento na London School of Economics, iniciou sua carreira com o curta Olhos de Ressaca e ganhou destaque com os documentários Elena (2012), Olmo e a Gaivota (2015) e Democracia em Vertigem (2019), este último indicado ao Oscar.
Filha de ex-militantes de esquerda e neta de um dos fundadores da empreiteira Andrade Gutierrez, Petra aborda temas como trauma, memória e democracia a partir de uma perspectiva íntima e crítica.