O documentário "Apocalipse nos Trópicos", dirigido por Petra Costa, tem dado o que falar desde sua estreia mundial na Netflix, na última segunda-feira (14).
Isso porque a obra investiga a crescente influência do movimento evangélico na política brasileira, questionando se o país caminha rumo a uma teocracia. O filme também traça paralelos com os Estados Unidos sob Trump e discute o impacto de organizações religiosas internacionais no Brasil.
Na produção, que estreou nos cinemas no dia 3 de julho, Petra analisa o papel de líderes como Silas Malafaia e a relação entre fé e poder nas eleições, especialmente após 2018, com a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com isso, algumas pessoas fizeram críticas duras no X, antigo Twitter. Outras, por outro lado, aplaudiram.
O jornalista André Guerra publicou em sua rede social que o filme "não funciona nem como um resumão histórico da política recente, algo que 'Democracia…' conseguia fazer minimamente. Além da falta absoluta de um insight, Petra Costa beira a auto paródia quando começa a filmar os vazios com sua narração solene".
‘Apocalipse nos Trópicos’ (2025) não funciona nem como um resumão histórico da política recente, algo que ‘Democracia…’ conseguia fazer minimamente. Além da falta absoluta de um insight, Petra Costa beira a auto paródia quando começa a filmar os vazios com sua narração solene. pic.twitter.com/WMuJOGkLba
Já um perfil com nome de Dário aponta que "Apocalipse nos Trópicos é muito medíocre.. zero profundidade".
Nas redes sociais, a sensação geral é de que o documentário foi bem recebido pelo público. Alguns perfis o tratam como uma "obra-prima".
"Acabei de assistir Apocalipse nos Trópicos e digo: É UMA OBRA-PRIMA! Lindíssimo retrato da nossa triste realidade política. Um lembrete doloroso de como escapamos de um golpe de estado e de como a religião é usada pelos poderosos pra manipular as massas. Belíssimo", escreveu um internauta. Já a usuária Anália Varela trata a produção como "necessária".
"Apocalipse nos trópicos é brutalmente necessário! Dá asco, nojo, desespero, tem seu momento de catarse e até certo alento, mas o recado é muito claro e não deve ser ignorado. Mais um grande filme de Petra Costa", escreveu.
Apocalipse nos trópicos é brutalmente necessário!!! Dá asco, nojo, desespero, tem seu momento de catarse e até certo alento, mas o recado é muito claro e não deve ser ignorado. Mais um grande filme de Petra Costa
Petra Costa é uma cineasta e atriz brasileira nascida em 1983, em Belo Horizonte, conhecida por seu estilo que mistura narrativas pessoais com contextos políticos e sociais.
Formada em Antropologia pela Universidade Columbia e com mestrado em Desenvolvimento na London School of Economics, iniciou sua carreira com o curta Olhos de Ressaca e ganhou destaque com os documentários Elena (2012), Olmo e a Gaivota (2015) e Democracia em Vertigem (2019), este último indicado ao Oscar.
Filha de ex-militantes de esquerda e neta de um dos fundadores da empreiteira Andrade Gutierrez, Petra aborda temas como trauma, memória e democracia a partir de uma perspectiva íntima e crítica.
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