Bárbara Reis celebra 15 anos de carreira e volta às novelas em Três GraçasGabi Andrade/ divulgação
A transformação acompanha a maturidade artística que a artista tem buscado. "A Lena me faz desconstruir muita coisa, inclusive a ideia de que a mulher forte precisa ser perfeita o tempo todo", avalia.
A artista também se aventurou no cinema com a comédia "Agentes Muito Especiais", seu primeiro trabalho no gênero. "Foi uma experiência leve e surpreendente! Sempre tive vontade de experimentar o humor, mas achava que era um terreno distante... Rir de si mesma é um exercício importante, e foi bom me ver ali, mais solta, menos controlada".
Com trânsito entre teatro, TV e cinema, ela reconhece que cada linguagem desperta um lado diferente. "No teatro, me sinto viva de um jeito muito visceral. Na televisão, existe uma intensidade diferente. Já o cinema tem um tempo quase poético, mais contemplativo, que me permite mergulhar nas sutilezas", resume.
Rotina, bem-estar e cerâmica
Fora dos sets, Barbara cultiva uma rotina de bem-estar e descobriu na cerâmica uma forma de meditação. "A cerâmica entrou na minha vida num momento em que eu precisava desacelerar. No início, era só curiosidade, mas virou um refúgio... Quando eu estou com as mãos na argila, o mundo lá fora para um pouco. É um processo quase terapêutico".
Reis também busca equilíbrio entre corpo e mente. "Gosto de ir pra academia pela manhã, porque me desperta, me dá energia e organiza minha cabeça. O exercício físico virou um ponto de equilíbrio pra mim.Nos cuidados de beleza gosto do básico: uma boa hidratação, protetor solar e tempo pra mim", lista.
Representatividade e inspiração
Referência para novas gerações, a artista cita Ruth de Souza, Léa Garcia, Zezé Motta e Taís Araújo como pilares da representatividade na dramaturgia. "Essas mulheres abriram caminhos pra que hoje eu e tantas outras pudéssemos estar aqui... Quando eu penso nelas, lembro que minha presença também carrega responsabilidade. Quero continuar essa corrente, abrir espaço, contar histórias que ampliem a nossa imagem".
Com planos de produzir um filme com o marido e o desejo de interpretar uma vilã, Barbara pretende se reinventar. "O que mais me move é o desejo de continuar me reinventando, de não me acomodar”, resume. "Depois de 15 anos, continuo com a mesma fome de aprender — talvez até maior. A arte é infinita, e eu quero seguir me surpreendendo com ela".




