Arte de capa do livro Pessoas NormaisDivulgação

Considerada voz da geração "Millennial", a irlandesa Sally Rooney, de 29 anos, retrata em "Pessoas Normais", publicado no Brasil pela Companhia das Letras, os encontros e desencontros na vida de dois jovens.
A trama começa em 2011, quando eles estão terminando o ensino médio, e vai até 2015, quando os dois estão vivendo suas experiências na faculdade. No início, Connell é o garoto popular e Marianne é a menina esquisitona. A mãe de Connell trabalha na casa de Marianne e os dois começam um relacionamento secreto a partir dos encontros que têm quando Connell vai buscar sua mãe no trabalho. 
No colégio, eles fingem que não se conhecem, já que Connell tem medo do que os amigos vão pensar caso descubram que ele mantém algum tipo de relacionamento com Marianne. Na faculdade, no entanto, os papeis se invertem: Marianne ganha destaque, é querida por todos. Connell é meio deixado de escanteio. 
Apesar de tudo, os dois continuam se gostando. Entre eles tudo é fácil, diferente dos relacionamentos que mantém com outras pessoas. Mas a falta de comunicação acaba fazendo com que eles fiquem sempre numa eterna amizade colorida, que não chega a se tornar algo mais sério. Isso tudo, apesar de saberem que sempre podem contar um com o outro. 
A trama é simples e aí é que mora a beleza do livro. O leitor segue vendo os acontecimentos na vida de duas pessoas normais, tudo retratado de forma bem crua, sem firulas. Os diálogos não têm separação no texto, que segue corrido, sem os travessões que os evidenciam. 
O final (aberto?) deixa a mensagem de que a vida é cíclica, tudo se repete, os encontros acontecem, os desencontros também e a vida segue. "Pessoas Normais" ganhou uma adaptação -- bastante elogiada -- para as telas, que chegou ao Brasil pela plataforma de streaming Starzplay.