Eliana Dias, especialista em sono dos bebêsDivulgação

Um problema muito recorrente para quem tem bebês em casa é a hora do sono. Nossas mães e avós, exemplos de experiência em maternidade, sempre têm uma receitinha para fazer o neném dormir, não é mesmo? Mas será que existe uma fórmula eficaz para esse problema? O artigo ‘’Distúrbios do sono em crianças’’, publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explica que a insônia é o distúrbio do sono mais comum entre os pacientes na faixa etária pediátrica – podendo afetar até 30% das crianças.
O levantamento explica que os quatro pilares que asseguram o sono do bebê são: biológico, comportamental, emocional e psicológico. O biológico tem a ver com o ritmo biológico do bebê, o comportamental é a necessidade de adormecer por indução ou não, o emocional é a capacidade do bebê de desligar-se dos pais durante o sono e o psicológico que corresponde ao contexto que um bebê está inserido.
Segundo a especialista do sono do Bebê, Eliana Dias, esses distúrbios são muito comuns, “Existem mais de 100 tipos de doenças relacionadas ao sono no mundo. No entanto, é preciso separar o Sono Infantil, do sono do adulto. Na área infantil a maior incidência é de insônia como consequência de outros problemas como, de apneia do sono e ronco, bruxismo, sonambulismo e terror noturno”, explica Eliana.
A especialista explica que é preciso entender que as dificuldades do sono infantil não acontecem todas nas mesmas idades. "Por exemplo, o tão falado terror noturno é possível aparecer em no máximo 5% das crianças entre 3 e 5 anos, antes disso, o cérebro não tem fisiologia para fazer terror noturno. Já o bruxismo pode surgir entre 3 e 6 anos e continuar pela fase adulta".
Identificar e buscar o tratamento adequado para amenizar o soninho da criança é muito importante. Se o bebê não dorme bem é preciso pesquisar qual a causa. "Em bebês e crianças até 3 anos, as causas principais para um sono de má qualidade são, os problemas do aparelho respiratório, alergias alimentares, ficando 80% para as questões, comportamentais, ou seja, com uma boa educação de sono até os 3 anos é possível contornar e até resolver os problemas de sono das crianças e bebês", finaliza Eliana.