Especialista em doenças da coluna reuniu dicas de prevenção Reprodução

Olá, meninas!
Vocês sabiam que a nossa coluna é considerada uma das estruturas mais importantes do corpo? Ela protege e permite boa parte da nossa mobilidade, só que muitas vezes, não temos os cuidados necessários para mantê-la saudável.
Quem aí nunca teve aquela “dorzinha” nas costas? Essa é uma queixa muito comum e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) cerca de 80% da população teve, tem ou terá problemas na coluna. Para saber mais sobre como cuidar bem da nossa coluna, conversamos com o Dr. Guilherme Rossoni, neurocirurgião e especialista em tratamento de doenças da coluna e dor crônica. Ele reuniu dicas de prevenção que valem ouro!
“Artrose, bico de papagaio e hérnia de disco, por exemplo, são doenças causadas por má postura, movimentos repetitivos ao curvar a coluna, carregar peso excessivo, e ações de outros fatores biomecânicos que causam desgastes ao longo do tempo. O bico de papagaio é um crescimento ósseo anormal entre duas vértebras da coluna vertebral. A hérnia de disco, uma patologia que atinge os discos entre as vértebras. E a artrose, caracterizada pelo desgaste da cartilagem ou degeneração das articulações.” afirma Dr. Guilherme Rossoni.
Confira as dicas do neurocirurgião para evitar esses problemas e se livrar de vez das dores na coluna!
Atividades do dia a dia
Atividades do dia a dia como varrer a casa, lavar louça, estender roupas, cozinhar, cuidar do jardim, entre outros afazeres, exigem esforço físico e podem submeter o corpo a posturas arriscadas para a coluna.
Por exemplo, o ato de lavar louça faz com que a pessoa fique com o pescoço inclinado para frente. Uma dica é, ao invés de ficar inclinada, apoiar um dos pés em um “banquinho” do tamanho de um tijolo, para ficar lateralizada e intercalar de tempos em tempos entre um lado e outro para deslocar o peso do corpo”.
Varrer ou passar o rodo faz com que você tenha movimentos de torção na coluna. A dica é utilizar vassoura ou rodo com cabos longos para evitar o agachamento e movimentos de torção.
Outra coisa que fazemos muito errado no dia a dia é o levantamento de peso. Grande parte das pessoas acaba por deixar as pernas esticadas usando a força dos troncos e dos braços, quando na verdade a forma correta é agachar-se com os joelhos flexionados e usar as forças das pernas para carregar ou levantar o peso.
Sono e descanso: melhor colchão e travesseiro para coluna
Uma boa noite de sono e descanso é essencial para qualidade de vida. Portanto, colchão e travesseiro devem ser escolhidos da melhor forma possível evitando dores e desconfortos na coluna.
Dormir bem é fundamental para a recuperação e saúde da coluna. É o período que nossa musculatura relaxa e quando ela consegue se regenerar dos microtraumas repetitivos submetidos durante o dia. Pensando na qualidade do sono, a postura que dormimos também é muito importante.
A posição mais recomendada para quem sofre com problemas de coluna é dormir de barriga pra cima com travesseiro de média altura debaixo do joelho, para que fique levemente flexionado. E um travesseiro de média altura para que ele preencha todo o espaço entre a cabeça, pescoço, ombro e o colchão.
Agora, se você dorme de lado, que também é recomendado, o ideal é deixar o travesseiro entre as pernas para que os joelhos fiquem levemente fletidos, isso faz com que você diminua a sobrecarga exercida na coluna lombar.
Em relação ao colchão mais indicado, existe uma tabela realizada pelo INER e também a liberação do INMETRO sobre a densidade do colchão, mostrando o ideal baseado na sua altura e peso. O mais utilizado é o intermediário intitulado D40. Para quem dorme de lado, o colchão de mola também é uma boa opção. Dentro dessa variedade, o que traz o melhor benefício para o paciente com problema de coluna é o colchão ortopédico, que é o de espuma intercalado com a madeira.
Fatores de Risco
Vale lembrar que o controle dos fatores de risco para problemas e doenças na coluna é essencial, como sedentarismo, obesidade e tabagismo.
“A partir do momento que você controla esses fatores de risco você reduz o risco de degeneração da coluna, risco de formar novas hérnias, artrose ou outras doenças degenerativas. Até 95% dos pacientes não vão precisar passar por cirurgia, existem tratamentos conservadores, bloqueio anestésico e, quando necessário, cirurgia minimamente invasiva.” finaliza Dr. Guilherme Rossoni.
Gostaram das dicas? Vamos falar mais sobre esse e outros assuntos? Aguardo vocês no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h30. E também no meu Instagram @gardeniacavalcanti.