Médico explica quais os cuidados na utilização do DIU Reprodução

Olá, meninas!
No início desse mês, uma mulher de 32 anos morreu em Minas Gerais durante a retirada do dispositivo intrauterino (DIU). A clínica onde ocorreu a morte não tinha permissão para realizar procedimentos ginecológicos. O caso está sendo investigado pela polícia e acendeu um alerta sobre os riscos com o uso do método contraceptivo.
Muitas mulheres ficaram chocadas com a notícia e se perguntaram: Será que é seguro usar o DIU? Para entender melhor o que aconteceu conversamos com Claudio Crispi Jr., chefe do Serviço de Ginecologia do Hospital São Vicente de Paulo. Ela destacou quais os riscos e a eficácia do método.
“O DIU é um dos métodos mais eficazes para evitar a gravidez. O DIU hormonal, por exemplo, a chance matemática de falha dele é mínima, semelhante à laqueadura. Mas é preciso entender que por ser um corpo estranho no corpo é preciso muito cuidado na manipulação para que ele seja inserido ou retirado do útero”, Explica Claudio Crispi Jr.
Apesar de ser muito popular no Brasil, o DIU é um método contraceptivo que ainda gera dúvidas em mulheres de todas as idades. Existem alguns tipos hoje no mercado: DIU hormonal, sendo Mirena ou Kyleena. E DIU não hormonal, revestido de cobre ou prata. Os hormonais também servem para ajudar a controlar sangramentos vaginais e repor hormônios. E os segundos impedem a fecundação sem afetar o ciclo menstrual ou a ovulação.
“Existem três maneiras de colocar ou retirar o DIU: pode ser feito no consultório às cegas, pode ser guiado com uma ultrassonografia ou pode ser feito guiado por histeroscopia, que é um exame mais complexo. Quando falamos em complicações relacionadas ao DIU, geralmente isso está relacionado à inserção do dispositivo. Quando ele é feito no consultório, pode acontecer dele ficar mal colocado, não atingir o útero inteiro, ficar somente no colo, pode ocorrer perfuração uterina e também essa colocação pode envolver a questão da infecção. O DIU por si só não é motivo de infecção, mas se a paciente tiver uma infecção não tratada ela pode piorar por transportar essa bactéria para dentro do útero através da colocação”, explica o ginecologista.
O DIU é um contraceptivo de alta eficácia e longa duração, segundo o Ministério da Saúde ele apresenta taxas de insucesso inferiores a 1%, enquanto os mais utilizados, como a pílula, os injetáveis e os preservativos, de 8% a 12%.
“Seja qual for o método escolhido, é importante sempre ter o acompanhamento de um médico especializado, ter os cuidados necessários, realizar exames e garantir que o procedimento seja feito de forma segura e eficaz”, finaliza o médico.
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