A menina Sarah Raissa morreu após inalar gás de um desodorante aerossol, provavelmente depois de um desafio da internetReprodução
Menina morre após inalar desodorante: especialista explica os danos à saúde
Caso aconteceu no DF e levantou um alerta aos pais sobre o perigo dos desafios na internet
Olá, meninas!
Mais uma notícia triste abalou o país e deixou pais e mães em alerta. A menina Sarah Raissa Pereira de Castro, de apenas oito anos, morreu após inalar gás de um desodorante aerossol, provavelmente depois de realizar um desafio da internet, chamado "desafio do desodorante". O caso aconteceu no Distrito Federal. Ela foi sepultada nesta segunda-feira (14/04).
A polícia investiga o caso e como a criança teve acesso ao conteúdo do desafio, com o objetivo de identificar os responsáveis. É ao menos o segundo caso de óbito no país esse ano por conta desse tipo de conteúdo. Em março, uma menina de 11 anos sofreu uma parada cardiorrespiratória em Pernambuco depois de inalar desodorante aerossol.
Vídeos ensinando como "baforar" o produto para provocar desmaios são disseminados livremente na internet por jovens, em redes sociais. Mas quais são os riscos da brincadeira? Como é possível proteger nossas crianças? O coordenador do curso de Biomedicina da Unig, João Manoel Lopes de Lima, explica os danos à saúde e faz um alerta aos pais.
“Ao inalar desodorante aerosol a pessoa absorve compostos químicos e gases com efeito depressor sobre o sistema nervoso central. Eles reduzem a atividade cerebral, provocando uma euforia momentânea seguida por tontura, perda de coordenação motora e até alucinações. Em grandes quantidades, esses gases podem levar a falta de oxigênio no cérebro que pode causar danos neurológicos, perda de função cognitiva e até morte súbita”, explica o especialista.
Segundo João Manoel, crianças e adolescentes são especialmente vulneráveis. Por isso a atenção dos responsáveis deve ser redobrada. “Eles têm o sistema nervoso em desenvolvimento e tendem a se expor a esses riscos sem plena consciência dos perigos. É fundamental investir em educação preventiva para alertar sobre os efeitos tóxicos dessa prática, que pode ser devastadora”, alerta.
Desde 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem considerado os jogos perigosos como um distúrbio comportamental listado na Classificação Internacional de Doenças (CID).
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