Conheça mais do importante projeto social que acolhe o albinismo no BrasilReprodução/internet

Olá, meninas!
Hoje vamos conhecer a história da dra. Renata de Nóbrega, fundadora do Instituto Nóbrega, que tem por grande missão ajudar e dar visibilidade aos albinos em todo o Brasil. 
Esposa do grande humorista Carlos Alberto de Nóbrega, dra. Renata é médica especializada em Nutrologia, e conversou comigo sobre um pouquinho de tudo: sua criação em São Paulo; sobre sua carreira na Medicina; seu relacionamento com Carlos Alberto, e é claro, da história de seu Instituto que busca criar uma rede de apoio e inclusão para pessoas com albinismo. Confira a entrevista completa:
Dra. Renata de Nóbrega reforça a importância da inclusão social e profissional para pessoas albinas - Divulgação
Dra. Renata de Nóbrega reforça a importância da inclusão social e profissional para pessoas albinasDivulgação
Onde nasceu? Como foi sua criação? Como é a sua relação com a sua família?
Nasci em São Paulo, capital. Fui criada com meus pais e irmãos, em um ambiente muito unido, cheio de amor e fé. Desde a infância, estudei em escolas adventistas, com uma formação muito voltada aos valores familiares e religiosos. Minha mãe sempre foi empresária e muito presente, assim como meu pai, engenheiro metalúrgico. Infelizmente, perdi meu irmão médico há quatro anos e meu pai há dois, mas seguimos mantendo a união. Até hoje nos reunimos em família todos os finais de semana, algo que meu pai prezava muito.
Como é a relação em casa com o Carlos Alberto? Como é ser casada com ele? A diferença de
idade atrapalha?
A minha relação com o Carlos Alberto é de muita verdade, transparência e companheirismo. É um amor que nasceu do improvável, mas que deu certo. Estamos prestes a completar oito anos de casados agora em maio. A diferença de idade não atrapalha, apenas limita algumas atividades, como viagens longas ou saídas noturnas. Mas nós nos completamos: ele traz a experiência e eu, a leveza da juventude. Ele sempre respeitou minha profissão, e eu, a história e bagagem dele.
Como são seus filhos? Como é a relação com eles?
Tenho dois filhos, um médico de 26 anos e outro de 23 anos que estuda Rádio e TV. Eles têm uma ótima relação com o Carlos Alberto e sempre estão presentes, mesmo não morando conosco. Nossa relação é muito próxima, cheia de carinho e companheirismo. Eles me veem não só como mãe, mas também como amiga. Inclusive, tenho um podcast, É Nosso Saúde, junto com meu filho mais velho, o Vinícius Giantaglia, onde falamos sobre saúde e bem-estar, unindo nossas experiências como médicos e trazendo informação de qualidade de forma leve e acessível.

Como decidiu ser médica? Teve alguma outra ocupação antes?
Decidi ser médica por causa do meu avô materno, com quem eu tinha uma ligação muito forte. Quando ele adoeceu, senti a dor de não poder ajudá-lo e aquilo despertou em mim o desejo de cuidar das pessoas. Sempre fui cuidadosa com ele, e acho que isso reflete o que é ser médica: cuidar, humanizar, aliviar a dor do outro. Nunca tive outra ocupação, comecei cedo a faculdade, parei um tempo por causa da maternidade, e depois retomei já com os filhos pequenos.
Quais os maiores desafios que já enfrentou? Conta pra gente?
Os maiores desafios foram ser mãe e pai ao mesmo tempo durante um período difícil, após meu divórcio. Trabalhei muito, mantive a casa, cuidei dos meus filhos com presença e amor. Meu ex- marido mora fora e grande parte da responsabilidade ficou comigo. Na carreira, enfrentei desafios atendendo pelo SUS, com jornadas de até 72 horas e lidando com a grande demanda de pacientes. Mesmo assim, nunca deixei de buscar crescimento e excelência.
Como veio a ideia do Instituto Nóbrega? Como funciona o instituto?
A ideia surgiu da minha vontade de atuar no social, que sempre esteve presente na minha carreira. O Instituto Doutora Renata de Nóbrega atende especialmente pessoas com albinismo, que são invisibilizadas na sociedade. Oferecemos apoio com protetores solares, consultas com dermatologistas e oftalmologistas. É um trabalho que me toca profundamente, porque essas pessoas enfrentam desafios reais de saúde e visibilidade.
Tem mais projetos na área social? O que ainda falta fazer na carreira?
Sim, estou expandindo o instituto com atendimentos voltados às PICs (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde), como yoga, meditação e reiki, todos com comprovação científica. Também planejo um projeto educacional dentro do instituto. E na minha carreira, estou finalizando uma pós-graduação em psiquiatria, porque percebi que muitos problemas físicos dos pacientes têm origem na saúde mental.
Pode deixar um recado para todas as mulheres? Sobre seguir os sonhos e nunca desistir?
Se eu pudesse escolher, nasceria mulher de novo. Ser mulher é sinônimo de perseverança, de doação, de intuição. A mulher é o pilar da família, do trabalho, dos projetos. Acreditem em vocês, sigam seus propósitos e nunca deixem de se aprimorar. A mulher tem o poder de transformar o mundo ao seu redor.
Você se acha um mulherão? O que é ser um mulherão para você?
Sim, eu me acho um mulherão. Não pela aparência, mas pelos valores que carrego. Ser um mulherão é ser forte, inteligente, acolhedora, ter postura e saber seu lugar no mundo. É agregar valor, ter presença, construir e manter relações sólidas. É ser inteira por dentro, e isso se reflete no mundo ao redor. Não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação. Não é a roupa, é a classe.