A crença de que algumas mães produzem "leite fraco" ainda persiste, mas não encontra respaldo na ciênciaReprodução

Olá, meninas!
Vocês já devem ter ouvido por aí aquela história de “leite fraco”, né? Pois é... essa ideia ainda ronda o imaginário de muita gente, mas a verdade é que ela não tem nada a ver com a realidade. Segundo a nutricionista Paloma Popov, do Centro Universitário de Brasília, não existe isso de leite fraco! O leite materno é naturalmente feito para o bebê e vem com tudo o que ele precisa nos primeiros seis meses de vida.

A gente está no Agosto Dourado, mês de incentivo ao aleitamento materno, e vale muito reforçar: o leite da mãe é ouro puro – tem água, proteínas, carboidratos, gorduras boas, vitaminas, sais minerais e até imunoglobulinas, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico do bebê. Ou seja, é uma fórmula completa, feita sob medida pela natureza.

Mas, claro, a qualidade e quantidade do leite podem sim ser afetadas se a mãe não estiver se cuidando. “Uma alimentação desequilibrada e pouca ingestão de líquidos podem interferir, sim”, explica Paloma. Por isso, comer bem e beber bastante água são atitudes super importantes durante esse período.

E olha que lindo: além de nutrir, amamentar fortalece o vínculo entre mãe e bebê e ainda traz benefícios para a própria mulher. Ajuda na recuperação pós-parto e diminui o risco de câncer de mama e do colo do útero. “É um processo poderoso, tanto do ponto de vista nutricional quanto emocional”, como diz a própria especialista.

Aqui no Brasil, temos motivos para comemorar: a maioria das mães começa a amamentar logo após o parto. Segundo um levantamento nacional, 96,2% das crianças já foram amamentadas em algum momento, e 62,4% começaram ainda na primeira hora de vida. A média de amamentação por aqui é de mais de um ano e quatro meses. Um orgulho, né?

E para quem segue dietas específicas, como vegetarianas ou veganas, pode ficar tranquila: a amamentação continua sendo segura, desde que a alimentação seja bem planejada e a hidratação esteja em dia — de preferência com orientação profissional. “O que realmente faz diferença no leite é uma dieta equilibrada e muita água”, reforça Paloma.

Ah, e sabe por que agosto é o mês dourado? Porque a OMS e o UNICEF escolheram essa cor para representar o padrão ouro do leite materno. A ideia é lembrar a todos da importância da amamentação e incentivar o aleitamento exclusivo até os seis meses, e depois complementar até os dois anos ou mais.

Amamentar é um ato de amor, de entrega e de força. E cada gotinha conta.
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