Hospital de Saracuruna completa dois anos com investimentosDivulgação
Hospital de Saracuruna completa dois anos com investimentos
Atendimentos aumentaram de 8 mil para mais de 15 mil por mês
Duque de Caxias - Desde 19 de janeiro de 2022, o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, está sob a gestão da Prefeitura. Nesses dois anos de municipalização, a unidade tem batido recordes nos números de procedimentos médicos. A humanização do atendimento à população também está entre os resultados obtidos. As instalações vêm sendo reformadas e novos equipamentos foram adquiridos, o que resultou em um aumento de 8 mil para mais de 15 mil atendimentos por mês.
A unidade vem passando por uma reforma geral e as inaugurações de ambientes renovados têm sido constantes nesse período. Atualmente, os pacientes já encontram diversos setores reformados e humanizados na unidade, como o Centro Obstetrício, a sala de Pronto Atendimento, a Ortopedia, Sala Intermediária e Vermelha, a Emergência Pediátrica e a Adulta, bem como as enfermarias, entre outros. As instalações do Adão Pereira Nunes foram totalmente climatizadas após a municipalização. Está prevista ainda 2024 a ampliação do CTI e da UTI Neonatal.
Um dos resultados foi o aumento no número de leitos, que passou de 360 para 444. Outra melhoria implantada na fase de municipalização foi a criação do serviço de ressonância magnética, que agilizou os diagnósticos. O Centro de Imagem também foi beneficiado com a aquisição de um tomógrafo computadorizado de 160 canais e Raio-X digital.
“A velocidade e a qualidade diagnóstica melhoraram. Por isso, mesmo que a demanda seja alta conseguimos atender com qualidade. Um exemplo, é o da ressonância. Antes a equipe de Neurocirurgia de trauma tinha que mandar fazer o exame fora. Agora, mesmo um caso de alteração de crânio que precisa de diagnóstico de imagem, o resultado sai no mesmo dia”, afirma o diretor médico do hospital, Thiago Resende.
Entre novos serviços implantados nessa nova fase do hospital, está o de cirurgia bariátrica. O procedimento tem ajudado a recuperar a saúde e a qualidade de vida de pacientes com obesidade mórbida. Desde o início desse programa, mais de 300 pacientes já foram operados com sucesso.
“A obesidade só cresce no mundo todo e esse é um fato bastante alarmante. A cirurgia bariátrica é uma alternativa em casos extremos, mesmo porque o ideal é que seja revertida na atenção básica. Para quem não consegue emagrecer através de outros métodos, é uma solução que tem recuperado a qualidade de vida dos pacientes. Dessas mais de 300 cirurgias, não houve qualquer óbito, apesar da complexidade da cirurgia”, conta do diretor geral, Luca Freire.
O hospital realiza atualmente cerca de 20 cirurgias bariátricas por mês, mas a expectativa é de dobrar o número ainda este ano. Mas a introdução do procedimento só foi possível graças a investimentos feitos na unidade. O novo tomógrafo, com capacidade para pessoas de até 315 quilos, foi fundamental para a realização do serviço, bem como a ampliação da capacidade de realização de cirurgias, com o aumento de 9 para 12 salas (10 do Centro Cirúrgico e 2 do Centro Obstétrico).
O Adão Pereira Nunes é uma referência no atendimento de emergência, por conta de sua excelência nas áreas de neurocirurgia, cirurgia vascular, ortopédica e bucomaxilofacial, além da geral. Há dois anos, a unidade realizava em média 700 intervenções cirúrgicas por mês e faz atualmente cerca de 1.700. Além de atender a esse número elevado de pacientes, o serviço se destaca pela capacidade de restauração de tecidos de pessoas acidentadas, que muitas vezes precisam até de reimplantes, o que proporciona resultados surpreendentes. O serviço de Cirurgia Pediátrica, único especializado na Baixada, é outro orgulho do hospital.
O hospital municipalizado também é referência na captação de órgãos para a doação, servindo de modelo para o país. A atuação da CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) coloca a unidade em primeiro lugar do Estado do Rio em número de doações e grande parte desse sucesso se deve à alta taxa de aceitação por parte das famílias. Apenas 30% delas recusam os pedidos.
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