Um deles chegou a levar termômetro que marcou 34 graus. Segundo a Associação dos Analistas de Fazenda (Anaferj), essa é a unidade com maior circulação de contribuintes: em média, pelo menos 350 por dia.
"Servidores e contribuintes passam muito calor ali dentro", declarou o diretor da Anaferj, Nelson Antunes.
"Há norma do Ministério do Trabalho estabelecendo que a temperatura ideal em ambiente de trabalho é entre 20 e 23 graus. E a ISO 9241, por sua vez, recomenda temperatura de 20 a 24 graus no verão e 23 a 26 graus no inverno,com umidade relativa entre 40 e 80%. Não somos regidos pela CLT, mas fazemos analogia à legislação. Isso é insalubridade no ambiente de trabalho. É um absurdo os servidores trabalharem numa situação degradante como essa", completou.
"Os servidores têm levado material de higiene e de limpeza. Mas os banheiros não ficam abertos aos contribuintes. Há pessoas que passam mais de uma hora na inspetoria e não tem como usá-lo", conta Antunes.
Mas as críticas não param por aí. Fiscais, analistas e agentes da Fazenda ainda têm que trabalhar sem segurança. Isso porque o serviço prestado por empresa terceirizada de vigilância foi interrompido. Os funcionários alertam que a inspetoria fica em uma região com altos índices de assaltos.
Procurada, a Secretaria de Fazenda afirmou que "está trabalhando para regularizar os serviços o mais breve possível".