Brasília - O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), deixou o café da manhã com o presidente Michel Temer e deputados da base aliada insatisfeito. Ele teria dito que, como representante da central sindical, não está satisfeito com o texto da reforma da Previdência apresentado na manhã desta terça-feira, pelo relator Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA).
Segundo Paulinho, mesmo reduzindo a idade mínima das mulheres para 62 anos ainda há insatisfações. "62 anos para as mulheres ainda é muito e 65 anos para os homens é inaceitável", disse ele.
Paulinho afirmou ainda que a Força Sindical está preparando para o próximo dia 28 uma paralisação contra as reformas de Temer.
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Idade mínima
O relatório da Reforma da Previdência, escrito pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA), sofreu uma mudança significativa: a idade mínima das mulheres será fixada em em 62 anos. A informação foi confirmada pelo líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), após reunião com os deputados da base e o presidente da República, Michel Temer.
A decisão atende a um pleito da bancada feminina da Câmara, composta por 55 deputadas. A coordenadora da bancada, a deputada Soraya Santos (PMDB-RJ) afirmou que a idade mínima menor para as mulheres era uma "questão emblemática" para elas. "Para mostrar que o Brasil precisa fazer o dever de casa. A maioria das mulheres tem dupla jornada no trabalho e em casa, ganha salários menores", disse.
O fechamento em torno dos 62 anos é uma vitória da bancada em relação ao governo e a equipe econômica que queria tentar pelo menos reduzir dos 65 para os 63 anos.