Brasília - À espera de novidades no cenário político, o dólar operou nesta quarta-feira, na maior parte do pregão com volatilidade, fechando em leve baixa. Além de ser pautado pela cautela dos investidores com o futuro das reformas Trabalhista e da Previdência, e nova queda acentuada dos preços do petróleo, a moeda americana teve dia de realização de lucros, após atingir ontem o maior nível de fechamento em um mês.
No mercado à vista, o dólar terminou em leve baixa de 0,02%, aos R$ 3,3314. O giro financeiro registrado somou US$ 1,055 bilhão. Na mínima ficou em R$ 3,3151 (-0,50%) e, na máxima, aos R$ 3,3377 (+0,17%).
No mercado futuro, o dólar para julho avançou 0,25%, aos R$ 3,3435. O volume financeiro movimentado somava cerca de US$ 13,54 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,3225 a R$ 3,3450.
O operador da corretora Hcommcor Cleber Alessie Machado Neto explica que o revés sofrido ontem pelo governo com a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) foi bem ruim porque levou a uma preocupação maior com a aprovação da reforma da Previdência, o que tem gerado cautela.
Após passar pela CAS, o projeto da reforma trabalhista seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a oposição conseguiu abrir espaço na tramitação para duas audiências públicas e a leitura dos votos em separado ao projeto, e com isso a votação deve atrasar. A data de votação na CCJ está mantida para o dia 28, mas a votação no plenário deve ocorrer com uma semana de atraso, entre os dias 3 e 7 de julho. Ainda assim, a valorização da moeda americana seguiu contida por dois motivos.
O câmbio foi influenciado também por mais uma desvalorização acentuada do petróleo, que reflete diretamente nas moedas de países ligados a commodity.