A avaliação no governo federal é que, com o cofre estadual abastecido pelos recursos da concessão da Cedae, fica mais difícil para o Rio alegar "grave situação financeira"Reprodução/Internet
Nos bastidores do governo federal, o temor é que a administração estadual faça uso eleitoreiro dos recursos em vez de empregá-los no reequilíbrio das contas estaduais, ao mesmo tempo que pede nova proteção por meio do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o programa de socorro do governo federal para estados endividados
A interlocutores, representantes do governo do Rio têm dito que a lei estadual obriga o uso do dinheiro da Cedae no pagamento de dívidas em caso de venda das ações da empresa, mas, como a operação foi uma concessão, não há regra para a destinação dos recursos - ou seja, o governo estaria livre para gastar em outras iniciativas.
Sem boa vontade do Rio para quitar o passivo, a AGU tenta convencer o STF a derrubar a liminar e permitir que a União execute as contragarantias para ressarcir os cofres federais emprestados em dezembro de 2020 em nome do estado. A avaliação no governo federal é que, com o cofre estadual abastecido pelos recursos da concessão da Cedae, fica mais difícil para o Rio alegar "grave situação financeira", argumento usado pela administração fluminense nos últimos anos para afastar cobranças A Secretaria Estadual de Fazenda do Rio não se manifestou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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