Edifício-Sede do Banco Central em BrasíliaMarcello Casal Jr/Agência Brasil
De acordo com especialistas, a decisão do Copom era previsível e reflete as dificuldades econômicas que o país enfrenta em decorrência da crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19. O BC já havia sinalizado nas últimas reuniões que estudava o aumento da Selic nos próximos encontros.
"O mercado teme que a inflação não seja transitória e sim mais recorrente. E que isso traga para os preços uma alta significativa de preços em serviços e consumo. É importante destacar que se o BC não subir os juros a inflação pode virar mais permanente, o que não é bom para a economia brasileira", afirma Costa.
"O atraso na subida dos juros pós pandemia foi proposital e claramente mencionado nos comunicados. O motivo foi — palavras do comunicado — manter os juros em níveis estimulativos. Agora, no último comunicado, a mensagem mudou. Os juros serão o de equilíbrio e, como se diz no mercado, a meta é buscar a meta de inflação", explica o economista da BRA, João Beck.
A previsão é que a Selic encerre o ano entre 6,5% e 7,5%, as maiores taxas desde outubro de 2019. No entanto, os reajustes na taxa básica de juros vão depender da situação econômica do país nos próximos meses.
Para além das questões sanitárias e o avanço da vacinação, a Firjan ressalta a necessidade do país de solucionar de uma vez os gargalos estruturais que tanto o impendem de alçar voos mais altos e consistentes. Isso não acontecerá sem mudanças profundas na estrutura do estado, e por isso, é mandatório o avanço da reforma administrativa para que possa haver redução dos gastos públicos e assim da carga tributária. Apenas com a redução dos gastos públicos e a consequente redução da carga tributária a indústria nacional terá competitividade suficiente para gerar emprego e renda, tornando o Brasil um país mais forte e justo.
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