Ministro da Economia, Paulo GuedesDivulgação
'Esse é o momento para modernizar tributação', diz Guedes
Ministro afirmou que pretende ir para um caminho de reforma 'menos ambiciosa, mas que vá para direção correta', do que partir para uma 'reforma ampla'
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o atual momento de retomada da economia é o mais adequado para modernização da tributação no País. Ele ainda rebateu os manifestos pela "reforma ampla" dos governos regionais e entidades do setor produtivo.
"Quem pede reforma ampla não conseguiu fazer reforma nenhuma em 40 anos. Tem gente que ficou aqui 10, 20, 30 anos e não fez reforma nenhuma. Eu quero fazer uma reforma um pouco menos ambiciosa, mas que pelo menos esta andando na direção correta", afirmou o ministro, em entrevista à Jovem Pan gravada na quinta-feira e veiculada nesta sexta-feira.
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Ainda assim, Guedes disse enxergar agora a condição política para aprovação de uma reforma tributária. "Nunca estivemos tão perto de uma reforma", garantiu.
Ponto de equilíbrio para IR
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O ministro da Economia argumentou que a insatisfação de governos regionais e parte do setor produtivo - que levou ao adiamento da votação da reforma tributária do Imposto de Renda - pode significar que a proposta "está em um ponto de equilíbrio".
"Estados e municípios estão de um lado dizendo que os impostos vão cair, a arrecadação vai cair e que eles vão ser prejudicados Do outro lado estão os mais ricos, que não pagam Imposto de Renda por 25 anos, que são contra a reforma dizendo que vão aumentar os impostos. Se os dois grupos estão reclamando, devemos estar em um ponto de equilíbrio interessante", afirmou Guedes.
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Mais uma vez, o ministro disse que os ricos deveriam ter vergonha de não pagar imposto sobre a renda. "Quem está reclamando de reforma são os lobbies corporativos, não os assalariados", respondeu o ministro. "Nós melhoramos o IR para 32 milhões de brasileiros que vivem dos rendimentos do trabalho", acrescentou.
Questionado sobre a opção de partir para a reforma do Imposto de Renda antes de terminar a discussão dos tributos sobre o consumo, Guedes afirmou que há uma "saraivada de argumentos mal informados" sobre as propostas de unificação de impostos que tramitaram na Câmara e no Senado. "Nunca houve convergência em torno de reforma tributária, era uma guerra política", afirmou. "Se são a favor do IVA, que é um imposto moderno, porque não aprovam a CBS, que está há um ano no Congresso", completou.
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